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A Revolução em Marcha – Os cartazes do PREC 1974-1975
Miguel Cabrita/ BNPA Revolução em Marcha – Os cartazes do PREC 1974-1975

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Há de tudo um pouco nas melhores exposições em Lisboa para visitar no fim-de-semana de 3 a 5 de Maio. Não acredita? Vá ver por si.

Escrito por
Helena Galvão Soares
e
Raquel Dias da Silva
Escrito por
Mauro Gonçalves
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Aproveite o fim-de-semana para descobrir mais de uma dúzia de exposições em Lisboa. Se ainda não foi ver a exposição de fotografia de Eduardo Gageiro na Cordoaria, saiba que é agora ou nunca – acaba este fim de semana. Não a perca por nada. Nas novidades, vá ver poéticas e insólitas fotografias de ruínas de edifícios outrora sumptuosos na MAD Galery, no Poço do Bispo. Ou rume ao Centro Cultural de Cascais para ver logo duas acabadinhas de inaugurar; a de fotografia de arquitectura modernista de Lucien Hervé e a da fotógrafa e cineasta norte-americana Ruth Orkin. Trace o roteiro e bom fim-de-semana.

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Exposições para visitar este fim-de-semana

  • Arte
  • Fotografia
  • Grande Lisboa

Última oportunidade para ver esta exposição, que termina a 12 de Maio. São cerca de 30 fotografias de grandes dimensões onde vemos edifícios, em Itália, na Alemanha, na Geórgia e em Portugal, outrora sumptuosos e agora em ruínas. E uma fotografia em que vemos o impecavelmente restaurado Reggia di Venaria Reale, palácio da Casa de Sabóia.

As fotografias resultam da incursão do fotógrafo Lorenzo Lumeras por palácios, teatros, termas, sanatórios e outros edifícios, abandonados, em busca das marcas do tempo que se instala, dos objectos que nos falam de quem os ocupou (ou ocupa) e, por vezes, das novas vidas desses edifícios. Destaque para sanatórios termais dos anos 1920, de arquitectura soviética, na Geórgia, e de um deles em particular, que foi ocupado por refugiados de Abjasia, aquando da ocupação soviética de 1992-93, e que lá se mantinham ainda em 2021. A fotografia de abertura da exposição mostra outro sanatório, este em Berlim, hoje convertido em local para residências artísticas.

  • Arte

“Lucien Hervé: Flashes do Homem na Cidade Moderna” é inaugurada a 4 de Maio e pode ser visitada até 30 de Junho. Considerado como um dos mais importantes fotógrafos de arquitectura do século XX, tornou-se conhecido sobretudo pela sensibilidade com que fotografou edifícios projectados por mestres modernistas como Le Corbusier ou Oscar Niemeyer. Muitos desses projectos arquitectónicos, aliás, ficaram famosos graças às suas imagens.

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  • Arte
  • Fotografia

A primeira exposição do trabalho da fotojornalista norte-americana Ruth Orkin em Portugal pode ser vista até 7 de Julho no Centro Cultural de Cascais. Inclui 120 fotografias, filmes, documentos e objectos originais (como cartas, excertos de jornais e revistas, uma máquina fotográfica e páginas do diário da artista) que permitem contar a sua história e retratar as crónicas quotidianas da “vida americana” que sempre habitaram as suas imagens.

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Logo após o 25 de Abril as paredes começaram a cobrir-se de pichagens, murais e cartazes. A Biblioteca Nacional guarda nos seus Serviços de Iconografia uma grande colecção de cartazes deste período que quis mostrar ao público nestes 50 anos do 25 de Abril. A exposição resultante dessa vontade, A Revolução em Marcha: Os cartazes do PREC, 1974-1975, foi comissariada por Paulo Catrica, fotógrafo e investigador do Instituto de História Contemporânea, que seleccionou 92 cartazes de entre as centenas existentes. Os originais foram replicados e colados num mural de 16 metros de comprimento (veja a lista completa de cartazes aqui).

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  • Arte
  • Grande Lisboa

A plataforma Underdogs e a Câmara Municipal de Almada inauguram “Portais do Tempo” a 13 de Abril, nos antigos estaleiros da Lisnave. Com curadoria de Pauline Foessel, a exposição colectiva, que integra as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, reúne obras de Ana Malta, Fidel Évora, Inês Teles, Márcio Carvalho, Pedro Gramaxo, Petra.Preta e Raquel Belli, artistas que não viveram o 25 de Abril de 1974, mas foram convidados a dialogar com os trabalhos de Alfredo Cunha, autor das famosas séries fotográficas dedicadas à Revolução dos Cravos e à descolonização portuguesa. Cada uma das peças criadas, compostas por lonas de escala monumental (7x12 metros), procura oferecer “uma leitura nova e pessoal” dos acontecimentos vividos pelo fotógrafo, da revolução e do seu significado nos dias de hoje.

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Oeiras

A Censura Prévia, que com Marcello Caetano se eufemiza para Exame Prévio, foi uma das principais medidas, a par da mais robusta acção da polícia política, para reprimir a divulgação de opiniões políticas contrárias ao regime ou a expressão de posições incómodas no plano dos costumes. “O material aqui exposto olha para um aspecto especial da censura em Portugal, o aspecto da defesa da autoridade e da ordem estabelecida, o respeito”, descreveu, na inauguração da exposição, José Pacheco Pereira. Nesta exposição do Palácio do Egipto, em Oeiras, há sobretudo livros e textos de jornais censurados, acompanhados dos despachos da Censura que descrevem as razões da proibição, que actualmente muitas vezes nos parecerão insólitos. Destaque também para o design da exposição. Citando o site da Ephemera, "instalação ímpar de Carlos Guerreiro. Perdem muito se não forem lá".

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  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lisboa

Tal como no ano passado, o antigo Tribunal da Boa Hora recebe uma exposição sobre a iconografia da democracia, da vasta colecção do Arquivo Ephemera. Na comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, podemos ver os mais variados objectos, que vão de jogos, como cubos com caricaturas de políticos, a cartazes, emblemas, autocolantes, postais, faixas, cinzeiros, pratos, discos, ou mesmo caixas de fósforos, como os da foto, em primeiro plano. Uma exposição de objectos dos muitos partidos existentes, para apreciar com tempo, também na sua faceta humorística.

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Grande Lisboa

O Mercado do Forno do Tijolo acolhe a exposição “10 dias que abalaram Portugal”, do Arquivo Ephemera, que dá testemunho do início da democracia após a revolução. Foi nos primeiros dez dias depois do 25 de Abril que os partidos clandestinos passaram à legalidade, novos partidos foram constituídos, os presos políticos foram libertados e o caminho para as eleições livres se tornou realidade. A exposição é maioritariamente centrada na imprensa desses primeiros dias, em que os jornais tinham mais do que uma tiragem diária, para acompanhar a vertigem dos acontecimentos. O República imprime orgulhosamente "Este jornal não foi a nenhuma comissão de censura", depois de 48 anos de ditadura.

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  • Coisas para fazer
  • Exposições

A exposição "Rua da Beneficência, 175" revisita o ambiente do mítico Rock Rendez Vous, com fotografias inéditas, acompanhando o lançamento do livro Rock Rendez Vous – Uma História em Imagens, da Tinta da China, que documenta, com fotografias a preto e branco, a vida da antiga catedral do rock em Lisboa, entre 1980 e 1990. Leia mais aqui. A exposição é parte de uma iniciativa que inclui um ciclo de conversas, com o mesmo nome, que começará dia 20 de Abril, também no Avenidas.

  • Arte
  • Belém

O trabalho de Nicolas Floc’h resulta de uma residência de dez dias no estuário do Tejo, entre o Bugio e a Castanheira do Alentejo, que Floc’h fez no Verão de 2022, a convite do MAAT, e durante a qual teve oportunidade de explorar várias paisagens e ecossistemas submarinos. Com curadoria de João Pinharanda, a exposição explora o potencial da fotografia subaquática na descoberta de novos imaginários artísticos, que nos remetem para o mundo natural, a biodiversidade e a ecologia.

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  • Arte
  • Belém

Com curadoria de João Pinharanda, esta exposição – que pretende dar voz à expressão artística que o 25 de Abril de 1974 e o fim da Guerra Colonial proporcionou – reúne 28 olhares contemporâneos, de artistas oriundos de países de língua portuguesa. Patente até 10 de Maio na UCCLA – União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa, esta mostra apresenta-se como uma exposição de cruzamentos e de encontros, daqueles que partiram e regressaram, dos que chegaram e ficaram, ou partiram de novo, ou nunca mais regressaram.

  • Arte
  • São Sebastião

Maria Lamas foi jornalista, escritora e tradutora e uma voz sempre presente na defesa dos direitos das mulheres durante a ditadura, o que a levou por três vezes à prisão, em 1949, 1951 e 1953, e ao exílio em Paris, de 1962 a 1969. A sua obra mais conhecida, já mais etnográfica do que jornalística, As mulheres do meu país, é um documento precioso do que era ser mulher, de norte a sul do país, nesse período. É aqui que surge a Maria Lamas fotógrafa, mas a sua obra permanece basicamente desconhecida em Portugal. Jorge Calado, que tem combatido esta invisibilidade, é o curador de “As Mulheres de Maria Lamas”, onde se pode ver uma selecção de 67 das suas fotografias, maioritariamente provas de época, de pequenas dimensões, entre 8x6 cm e 14x18 cm, e também algumas ampliações. A mostra, em exposição no átrio da Biblioteca de Arte Gulbenkian, inclui ainda objectos pessoais de Maria Lamas, exemplares de primeiras edições de livros e provas da época de outros fotógrafos com fotos publicadas em As mulheres do meu país. O catálogo apresenta as fotografias da exposição, cada uma em página inteira, e textos de Jorge Calado, Alexandre Pomar, Raquel Henriques da Silva e Alice Vieira.

Roteiro de arte em Lisboa

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