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Navio-museu 'Barracuda' na doca seca de Cacilhas
DRNavio-museu 'Barracuda' na doca seca de Cacilhas

Abriu-se o ‘Barracuda’: submarino já pode ser visitado em Cacilhas

Depois de dois anos num desafiante processo de musealização, agora é possível visitar este submarino verdadeiro e perceber como é a vida a bordo do mais estranho dos veículos de transporte.

Helena Galvão Soares
Escrito por
Helena Galvão Soares
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Depois de 42 anos ao serviço da Marinha Portuguesa e 800 mil milhas percorridas (o equivalente a 36 voltas ao mundo), o submarino Barracuda, de 1968, foi inaugurado na sua nova existência como navio-museu nesta quinta-feira, 9 de Maio.

Integra agora o pólo museológico de Cacilhas, tendo ido juntar-se à fragata D. Fernando II e Glória. É visitável gratuitamente a partir deste sábado, 11 de Maio. Posteriormente terá visitas regulares de terça-feira a domingo, das 10.00 às 18.00, com entrada a preço ainda não divulgado.

Em Cacilhas, o Barracuda está em doca seca, permitindo-nos apreciar o real tamanho dos submarinos de guerra, coisa que é impossível quando os vemos emergir no Tejo, saindo da sua invisibilidade, mas mostrando pouco mais do que a torre do periscópio. 

O aparecimento de um submarino no horizonte causa sempre uma mistura de surpresa e fascínio, também por causa da aura de dureza que está associada a submarinos e submarinistas. O Barracuda podia descer até 300 metros de profundidade e passar 31 dias submerso, invisível para o mundo. Para a tripulação de 54 homens havia 35 camas, o famoso sistema de cama quente, com a tripulação a dormir por turnos. Os 12 mil litros de água que transportava eram para consumo, banhos nem vê-los. Só para o comandante e militares de serviço à chegada a algum porto.

Inauguração do navio-escola Barracuda
Marinha Portuguesa/ divulgaçãoInauguração do navio-escola Barracuda

O espaço livre é exíguo e milimetricamente aproveitado. E, como se já não bastasse isto a contribuir para a claustrofobia, há ainda aquele pormenor de a entrada/saída ser por escotilha, onde só passa uma pessoa de cada vez.

Foi precisamente eliminar a entrada por escotilha que foi um dos grandes desafios do projecto de musealização. O submarino já antes tinha estado pontualmente aberto para visitas, mas era impensável, antes de mais por razões de segurança, ter permanentemente público visitante a bordo do navio-escola só por aquele tipo de entrada/saída. Foram por isso concebidas duas entradas laterais que tiveram de perfurar o casco. Perdeu-se este frisson adicional, mas a visita continua a ser uma experiência única (e ninguém quer sentir que pode correr risco de vida num submarino, para mais em doca seca).

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