Tentativa/erro no Driving Range
Fomos recebidos no driving range do campo de golfe do grupo Onyria, na Quinta da Marinha, e o nervoso já se fazia sentir. Apesar de acharmos que ia ser uma manhã descontraída, nunca tínhamos experimentado nada tão fora da zona de conforto. A linha de pessoas concentradas a acertar tacada após tacada fazia-nos perceber a seriedade com que levam a modalidade e o propósito que ali os levava. Agora, também nós tinhamos um: levantar o máximo de bolas do chão e tentar que pelo menos uma passasse o alvo dos 50 metros. Spoiler alert: elas voaram, só não tão alto. Nem tão longe.
Aprendemos que esta zona é caracterizada como a de aquecimento antes de partir para o green “a sério”. Para quem está a começar, é o ideal para aprender a técnica por trás da tacada, e uma oportunidade para a aprimorar, num exercício de tentativa e erro. Foi ali que aprendemos que a trajectória da bola é o swing, que o pé de trás deve ficar virado para a frente e não na direção do resto do corpo, que o pulso tem de estar solto e que os olhos têm de seguir a bola. Nenhuma destas coisas podem ser deixadas ao acaso se queremos um bom resultado.
Saber escolher o taco certo também é fundamental : os tacos maiores (número 9) têm uma batida mais curta e os mais pequenos (número 4) uma maior. Repetimos a informação como um mantra. O contraste do aspecto pesado com a sensação de leveza na mão foi uma surpresa.
E desengane-se quem, como nós, pensa que isto do golfe é só lazer e diversão: as dores nos braços e nas pernas acompanharam-nos nos dias seguintes, pela força que fazemos para acertar e fazer as bolas preguiçosas, que não se queriam levantar do chão, andar o suficiente para as deixarmos de ver.
Postura alinhada, tacos escolhidos correctamente e muitos baldes de bolas depois, coloca-se a questão: estamos prontos para as competições? Algumas (muitas) das nossas tacadas respondem que ainda não. Outras, mais positivas, dizem que com treino podemos lá chegar. Mas a verdade é que já estivemos mais longe e, mesmo que nunca aconteça, a experiência vale por si – bem sabemos, que cliché. Mas quem se aventurar numas tacadas nos campos verdes de golfe de Cascais rapidamente percebe que é verdade.