[title]
Embora seja um tipo de culinária com cada vez mais adeptos em Portugal, Cascais não tem muitos restaurantes mexicanos. A boa notícia é que agora existe mais um: o Azteca abriu portas no Mercado da Vila a 11 de Março, no lugar do antigo Gulli.
Trata-se de um projecto do empresário Ricardo Bernardo, o responsável pela discoteca e bar Oficina das Artes, que, segundo o gerente Gonçalo Fernandes, é “doido por comida mexicana” e não pensou duas vezes quando esta oportunidade surgiu. A ideia foi tentar fazer um restaurante mexicano diferenciado, que tivesse opções alternativas aos clássicos. Acabaram por idealizar uma série de pratos de fusão, criados pelo chef Edgar Mendes de Almeida, que incluem ingredientes portugueses ou de outras latitudes.
Veja-se o taco pulpito (6,50€), uma tortilha de milho branco com polvo confitado a baixa temperatura, chouriço crocante, salada, pico de gallo, vinagrete balsâmico e rebentos de coentros; ou do taco tataki (6€), de atum frito em óleo de sésamo, com papaia, salada, molho teriyaki caseiro e rebentos de coentros.
Ainda na secção dos tacos, encontra opções como o Nopalitos (6€), uma tempura de cerveja Malquerida (uma criação do famoso chef Ferran Adriá, servida à pressão no restaurante) com guacamole, salada, pico de gallo e queijo fresco; ou o Al Pastor (5,50€), com carne de porco marinada em especiarias, queijo, salada, guacamole, chutney de ananás caseiro e rebentos de coentros.
Também não faltam quesadillas, como a de camarão ao alho e especiarias, com abacate, cebola roxa e queijo mozzarella (14€); a Huitlacoche, de cogumelos com o mesmo nome e cogumelos Paris, além de cebola roxa, oregãos mexicanos e queijo mozzarella (13€); ou a Birria, de carne de vaca estufada em adobo de chilles, cebola roxa e queijo mozzarella (15€).
Também existem uma série de alambres e entradas — com destaque para os clássicos totopos de milho branco e azul, com guacamole e molho de queijo cheddar (13€); os Camarões do Inferno (16,50€), salteados em pasta de chilis, alho e lima, acompanhados com tortilhas e arroz branco; os pimentos padrón (12€), que aqui ganham uma versão em que são recheados com queijo e envoltos em presunto; e os pimentos jalapeños panados com queijo creme e acompanhados com molho agridoce ou barbecue (10€).
Quanto aos pratos mais compostos, aqui designados como “fortes” – e que são mais difíceis de encontrar nas ementas dos restaurantes mexicanos em Portugal – pode pedir uma dose de maminha do Uruguai grelhada em especiarias, flamejada em mescal e acompanhada de chips de banana frita (17,50€); um Chilli Azteca, de carne de novilho em molho de tomate, chilis e feijão, com arroz, queijo fresco e rebentos de coentros (15€); as enchiladas de shakshuka, com ovo mexido, cebola frita e rebentos de coentros (14€); ou o San Pedro a la Veracruz, um peixe galo em molho à base de tomate, com pimentos, alho, especiarias e pó de azeitona preta, acompanhado por batata cozida (16€).
Não se atreva a abandonar o mercado sem experimentar os churros, os crepes ou o Maria Maria (4,50€), um doce à base de abacate, iogurte, leite condensado e lima com crumble de bolacha. E acompanhe tudo com as muitas margaritas, tequilas e mezcal que servem no bar em copos coloridos.
Com 36 lugares na sala, mais 28 na esplanada (que é resguardada uma vez que dá para o interior do mercado), já pensam em acrescentar novos pratos à carta a partir de Maio. Porém, por agora, são estes os argumentos mexicanos com que querem conquistar a clientela cascalense.
Rua Padre Moisés da Silva, 53, Cascais