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Bodega Brava: abriu uma casa de tapas (e cañas) no centro de Cascais

Desde o início do ano que servem petiscos e copos. À frente da cozinha está o chef Henrique Rosa, que passou pelo El Bulli e pelo Noma antes de abrir este espaço muito mais descontraído.

Ricardo Farinha
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Ricardo Farinha
Bodega Brava
Sara Falcão
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Durante 18 anos, daquela esquina da Avenida Valbom, bem no centro de Cascais, saíam cachorros-quentes. Porém, desde o início de 2025 que o espaço reabriu como Bodega Brava, uma casa de tapas ibérica que remodelou por completo o local e que tem feito sucesso – mesmo num mês habitualmente mais parado como Janeiro.

Trata-se de um projecto de três amigos de Cascais com fortes ligações a Espanha. À frente da cozinha está o chef Henrique Rosa, que viveu vários anos em Barcelona e até chegou a estagiar no antigo El Bulli, de Ferran Adrià, um dos mais famosos restaurantes do mundo. O português passou ainda pelo Basque Culinary Center, também em Espanha, onde estudou; e pelos reputados Noma e Kadeau, na Dinamarca. Em Portugal trabalhou no Sheraton Cascais e como chef para a Sonae.

Bodega Brava
Sara FalcãoO chef Henrique Rosa ao lume

“Quando trabalhava nos restaurantes estrelas Michelin e de alta cozinha, depois de todas aquelas horas e de todo o cansaço, só me apetecia ir desligar para um sítio descontraído onde pudesse beber umas canecas”, conta Henrique à Time Out, que abriu o projecto com que sonhava com os amigos João, que também tinha vivido em Madrid e fora o dono do cascalense Paradigma; e Cláudio, antigo responsável pela steakhouse La Lombonera, no Estoril, e com uma ligação à cultura espanhola fruto das suas raízes ribatejanas.

Na Bodega Brava, a ideia é exactamente descomplicar. Promovem um ambiente de familiaridade, de copos e petiscos, com música em espanhol que pode ir de Alejandro Sanz a Manu Chao. É um espaço ideal para o convívio até entre clientes que só ali se cruzam pela primeira vez. “Sabíamos exactamente o que queríamos: um sítio para desligar, para se beber uma caña ao fim do dia, onde se acaba por picar alguma coisa. Uma bodega clássica”, explicam.

Bodega Brava
Sara Falcão

A cozinha está aberta durante todo o dia e os donos quiseram construir uma “casa democrática”, com algo “para tudo e para todos”. Na carta, sobretudo de inspiração catalã, usam muitos produtos espanhóis, embora, por exemplo, os queijos Ortodoxo sejam 100% portugueses.

Pode começar com uns croquetes de presunto ibérico (3€/três unidades), um tradicional pão com tomate (5,50€), boquerones em vinagre (12€) ou escalivada, que junta anchovas e vinagre de xerez (8€). Outras boas opções são a bomba de Barceloneta (6€), com recheio de carne picada temperada, a morcela de Burgos (9€), o chouriço taberneiro com mel picante (11€) ou os ovos rotos da Bodega (15€).

Bodega Brava
Sara FalcãoA bomba de Barceloneta

Nos pratos mais a sério, vale a pena provar os mexilhões em tomate e vermute (16€), as gambas com lima (16€), o cachaço de bacalhau com grão (15€), o rabo de boi (16€), o bife à Bravo (15,50€) ou o solomillo servido com um molho de conhaque e queijo roquefort (14,50€).

Depois, tem sempre os enchidos Maldonado cortados à mão, além de diferentes queijos, que pode combinar numa tábua mista por 45€. Também estão na ementa um bocadillo de presunto ibérico e queijo (16€), um bocadillo de carne galega (15€) e a bifana à Ti’Henrique (14€). 

Para terminar (em beleza) há tarte queimada acompanhada de um torrão (6€) ou com a sobremesa que junta o doce típico de Girona, o xuixo, com aquela que para o chef Henrique Rosa é a grande sobremesa de Cascais: o gelado da Santini com sabor a avelã (5,50€).

Bodega Brava
Sara FalcãoO xuixo com gelado da Santini, uma sobremesa ibérica

E porque não há bodega sem uns bons copos, pode escolher entre os diversos vinhos portugueses disponíveis, que, para manter o espírito descontraído, não são servidos em copo de pé alto. É o que mais sai além das cervejas, embora também sirvam bebidas espirituosas e queiram ter, muito em breve, alguns cocktails à pressão.

Bodega Brava
Sara Falcão

O espaço esteve em obras profundas durante meio ano para se transformar na Bodega Brava. Instalaram, tal como nas tradicionais bodegas espanholas, uma janela suspensa para a esplanada, onde cabem cerca de 30 pessoas em pé. 

No interior, há um balcão com vista directa para a cozinha, totalmente aberta e com “transparência total”, com meia dúzia de lugares; além de outros oito lugares sentados na sala. Em breve, terão disponível uma pequena mezzanine para mais uma dúzia de lugares. A decoração aposta em elementos alusivos às tradições ibéricas, com alguns objectos vintage e apontamentos modernos pelo meio.

Avenida Valbom, 9, Cascais. Ter-Dom 12.00-23.00. 927 770 776

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