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David ou a campanha para nómadas digitais multi-premiada

O vídeo "Remote Workers - Cascais", lançado em 2022, acaba de ganhar mais um prémio: desta vez nos World's Tourism Film Awards.

Remote Workers - Cascais
DR/ Visit Cacsais
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O vídeo Remote Workers - Cascais, lançado em 2022, tinha tudo para ser um sucesso: David, um nómada digital, vive uma realidade paralela em que trabalha a partir de onde quiser. Mas o "onde" faz toda a diferença. Em Cascais, tudo é mais solarengo, mais leve, mais fácil e mais feliz. E a felicidade não é só para ele: a produção tem sido distinguida mundialmente com dezenas de prémios. Na passada quarta-feira, 22 de novembro, repetiu a proeza na 35ª edição dos World Tourism Film Awards, em Valência, Espanha. Remote Workers - Cascais foi um dos vencedores dos melhores filmes de turismo do ano a nível mundial. A produção ficou em 2º lugar no Ranking dos Melhores Vídeos sobre Cidades Destino Turístico, tendo o 1º lugar sido atribuído ao filme polaco Bielsko-Biała - A city always for people.

O vídeo já tinha ganho um Golden Dolphin em Cannes. Mas não se fica por aqui: o Festival Internacional de Cinema de Turismo ART&TUR, em Portugal, atribuiu-lhe o 1º lugar no Prémio Destinos Turísticos Internacionais - Cidades, bem como o 2º lugar no Prémio Destinos Turísticos Nacionais - Cidades. Nos Estados Unidos, o reconhecimento multiplicou-se por cinco: nos Monthly Future of Film Awards, venceu na categoria de Super Curtas, em Novembro de 2022; nos Art Film Awards, como Super Curta de Dezembro de 2022; no TOP Shorts na categoria de Melhor Microfilme; no Indie X Film Festival, foi o vencedor de Abril de 2023, na categoria de Melhor Microfilme; e no Nashville Independent Filmmakers Festival, venceu na categoria de Melhor Microshort para a Primavera de 2023.

Países como o Japão (Melhor Microfilme no Festival Internacional de Cinema e Melhores Microfilmes de maio no Festival Internacional de Curtas-Metragens de Tóquio), a Bulgária (Sofia Artist Film Festival) e a Alemanha (Festival de Cinema de Tóquio)
de Tóquio), a Bulgária (Sofia Art Film Awards, vencedor em dezembro na categoria de Super Curtas) e a Alemanha (Berlin Short Awards, vencedor em Janeiro na categoria de Melhor Micro Curta e menção honrosa no New Wave Short Film Festival) também distinguiram o vídeo que deu a volta ao mundo - para voltar e ser feliz em Cascais.

Vida de Nómada em Cascais, por Helena Bradbury

A história de David é ficção, mas a de Helena não. Como muitas outras de muitos nómadas digitais, temos de recuar a 2020, quando a pandemia atingiu o mundo e redefiniu formas de viver e prioridades. Já antes, Helena “sonhava viver o estilo de vida nómada digital, mas não sabia como começar”. Em lockdown em Melbourne durante seis meses, com o visto expirado e a necessidade de voltar ao Reino Unido, percebeu que seria mais difícil encontrar trabalho, o que a impulsionou a começar o próprio negócio, mais flexível na localização. 

Helen Cascais nomad
DR/Helena Bradbury

Nem todos os nómadas digitais conseguem fazê-lo em full-time, mas Helena não só o faz, como freelancer, como ainda gere duas empresas próprias. Quando decidiu começar o seu negócio, teve em conta “as finanças, o alojamento, os custos de deslocação e os desafios” que poderia enfrentar, antes de as restrições serem levantadas. Depois, foi só ir. 

A inglesa reconhece que a vida como nómada digital pode não ser para todos, mas que, no seu caso, é mais benéfico do que estar sempre no mesmo sítio: “Tenho um estilo de vida que me permite viver em muitos sítios diferentes e conhecer grande parte do mundo. Tenho a flexibilidade de caminhar na praia de manhã, trabalhar num café à tarde, conhecer pessoas novas e com ideias semelhantes à noite, viajar por novas áreas aos fins-de-semana e conhecer destinos, culturas e pessoas a um nível mais profundo do que numas férias”, salienta. 

O custo de vida pode ser alto, a nómada digital tem consciência disso, dependendo das cidades que se escolhe, mas confessa que, no seu caso, acaba por compensar, porque a vida no Reino Unido está cara. Ainda assim, utiliza estratégias para ter uma vida regrada, tais como ficar por períodos mais longos – para conseguir melhores preços no alojamento – ou fazer refeições em casa. O que não a impede de balançar entre o trabalho e o lazer. A rotina inclui uma semana de quatro dias de trabalho, para conseguir aproveitar o sítio onde está. Durante três dias e duas tardes trabalha em cafés ou outros sítios que lhe permitam absorver a vibe e a “cultura de café”. 

Quando escolhe um lugar para passar uma temporada, procura “destinos que acolhem bem os nómadas digitais".  E dá alguns exemplos: “Talvez já exista uma comunidade estabelecida no local, talvez o país ofereça um visto de nómada digital ou uma autorização de residência temporária ou, no caso de Cascais, exista uma campanha activa de acolhimento e abertura aos nómadas digitais.

Helen nomad life
DR/Helena Bradbury

Depois de, em 2013, ter visitado a vila, a nómada digital teve a oportunidade de voltar a Cascais. Uma rápida pesquisa mostrou-lhe que encontraria tudo o que precisa: “uma comunidade estabelecida, acolhedora para os nómadas, bem conectada, grandes infra-estruturas e proximidade do mar com muitas actividades!” 

Helena prefere o “slow travel”, tanto por uma questão económica, como para evitar o stress de estar constantemente em movimento. A estadia em Cascais incluiu longas caminhadas na praia, visitas a museus – isto, de manhã – trabalhar durante a tarde e, à noite, procurar eventos ou encontros com amigos. Este é, aliás, o conselho que não se cansa de repetir: tirar tempo para explorar. 

No caso de Helena, ficou alojada na Luna House Coworking, um espaço de alojamento e co-work. Mas não se coibiu de experimentar outros locais, como a House of Wonders ou o Kafeine Cascais, na Marina. Para quem pensa escolher a vila, deixa mais que uma mão cheia de conselhos: “explorar a bela zona histórica, visitar os museus únicos e experimentar os restaurantes locais! Mas também não podem perder as praias, os percursos de bicicleta, os trilhos pedestres e as excursões de um dia a Sintra,” Mesmo depois de toda a pesquisa, conseguiu ser surpreendida: “Uma coisa que eu não esperava de Cascais é o quanto é um paraíso para os amantes de actividades ao ar livre. Sou uma pessoa muito activa e gosto de me manter em forma, andar de bicicleta e fazer caminhadas regularmente, e adorei o quanto havia para fazer para os amantes de ar livre e aventura.” 

A última dica? O melhor sítio para relaxar: “A praia. Cascais tem imensas praias por onde escolher e estão sempre animadas ao fim da tarde. Quer seja para nadar, apanhar sol, assistir a um jogo de futevólei ou simplesmente desfrutar do ambiente com uma ou duas bebidas – é uma óptima maneira de relaxar depois de um dia de trabalho.”

Actualmente a viajar por outros locais, Cascais ficou no coração de Helena: a nómada digital e o companheiro decidiram “no primeiro dia” que voltariam e os planos são regressar “já em 2024”. 

Esperamos por ti, Helena.  

+ Pelos caminhos de Cascais: os melhores trilhos e caminhadas

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