[title]
20 de Fevereiro. O sol brilhava como se de um dia de Verão se tratasse. O grupo chegou, e não era uma turma qualquer: atletas olímpicos, membros do Comité Olímpico de Portugal e membros da Associação dos Comités Olímpicos Nacionais (ANOC). O destino? A Quinta do Pisão, no Parque Natural Sintra-Cascais. Desde o ponto de encontro até ao local da plantação, a viagem era para os mais corajosos, porque os solavancos do trator típico da vida do campo não perdoam. Agarrem-se bem, a viagem vai começar.
Já com todos a postos, os rangers ensinaram o abc da jardinagem necessário àquele dia – e o porquê de ser tão importante pôr as mãos na massa. Têm sido feitos esforços para replantar esta zona, que mesmo depois de um grande incêndio não se deixa abalar. Isto, de mãos dadas com a necessidade de contrariar a poluição extra, causada pelas emissões de CO2 que a Assembleia Geral da ANOC de Outubro vai provocar. Cascais vai ser palco da 18ª edição, entre os dias 28 de Outubro e 2 de Novembro, mas o apito inicial ouve-se agora.
Na hora da acção, a verdade é que os rangers já tinham feito a papinha toda. Os buracos estavam cavados – entre profissionais de vela, judo ou atletismo, o trabalho com a enxada podia não estar no plano de treinos –, e assim também se poupava tempo para bater recordes do número de árvores plantadas na terra.
Luvas calçadas e mãos na terra, árvore após árvore
Os atletas, não fossem eles competitivos dentro e fora das suas modalidades, superaram as expectativas. Antes da hora programada, os rangers do parque tiveram de cavar mais uma fila de buracos e só se ouvia: “Há mais uma?”. Contabilizadas as pontuações, eram anunciados os grandes resultados: foram plantadas só naquela manhã mais de 450 árvores, de vários tipos diferentes. Os atletas olímpicos e os membros dos comités mostraram a importância destes eventos para reforçar a sustentabilidade ambiental no desporto e em Cascais. “Os atletas são realmente um excelente exemplo para a sociedade. O que eles fazem, o que eles dizem. São exemplos para os mais jovens, por isso ter atletas a juntarem-se a estas acções e iniciativas, funciona ainda melhor”, disse Victoria Cabezas, Presidente da Comissão de Sustentabilidade da ANOC.
Com a sensação de dever cumprido, todos fizeram a viagem de tractor de volta, a pensar quando poderiam voltar a ter uma experiência daquelas. Mas quando se foram embora, garantiram que não era um adeus, mas sim um até já: querem voltar à Quinta do Pisão daqui a uns anos para ver o quanto as suas árvores cresceram e descansar na sombra de uma delas.