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Morreu o encenador e actor Carlos Avilez, um dos fundadores do Teatro Experimental de Cascais. Tinha 88 anos e sofreu uma paragem cardiorrespiratória, tendo vindo a falecer esta terça-feira, 21 de Novembro, no Hospital de Cascais, depois de dar entrada na unidade devido a uma indisposição.
"É com imenso pesar que o Teatro Experimental de Cascais anuncia a morte do encenador Carlos Avilez, vítima de doença cardíaca", anunciou a companhia a que esteve ligado até ao fim. Também exerceu funções como director do Teatro Nacional D. Maria II e do Teatro Nacional São João, sendo que foi ainda Presidente do Instituto de Artes Cénicas e contribuiu para a fundação da Escola Profissional de Teatro de Cascais.
Nascido Carlos Vítor Machado em 1935, estreou-se como ator profissional em 1956 na Companhia Amélia Rey Colaço - Robles Monteiro. Já tinha uma forte ligação ao mundo do teatro, muito graças à família: os avós paternos eram empresários ligados à área e as tias levavam-no a ver peças com regularidade. Aos 17 anos, já envolvido no teatro amador, decidiria usar o nome de palco Carlos Avilez, com que se tornou conhecido, sobretudo como encenador.
Ao longo da sua vasta carreira, dirigiu nomes históricos como Eunice Muñoz, Mário Viegas e a sua mentora Amélia Rey Colaço, entre muitos outros das gerações mais novas. Foi distinguido com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique e continuou sempre a trabalhar, até ao fim. Foi apenas há quatro dias que o Teatro Municipal Mirita Casimiro, a casa do Teatro Experimental de Cascais, acolheu a estreia de “Electra”, de Eugene O’Neill, a última encenação de Carlos Avilez.