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Na Fortaleza do Guincho, é o restaurante que se adapta ao chef e não ao contrário

Depois de dez semanas em obras, a Fortaleza do Guincho reabriu. Entre as renovações nos espaços comuns e nos quartos, destaca-se o restaurante com uma estrela de Michelin.

Cláudia Lima Carvalho
Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa
Fortaleza do Guincho
GONCALO F SANTOS
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Quando Gil Fernandes ainda nem se imaginava na cozinha, a Fortaleza do Guincho conquistava a primeira estrela Michelin, que mantém até hoje. Estávamos em 2001. Avançando para 2024, Gil é hoje a cara do restaurante, que reabriu esta semana, depois de umas desejadas obras de renovação.

Fortaleza do Guincho
GONCALO F SANTOS

As mudanças sentem-se logo à entrada do hotel de cinco estrelas, em cima do oceano, em plena estrada do Guincho. Passando a porta imponente, existem agora várias zonas que convidam a estar. É verdade que há um limite no que pode ser feito por se tratar de um edifício classificado como Imóvel de Interesse Público, mas é notório o esforço cada vez maior para acompanhar os tempos. Foi assim que uma pequena pausa inicial para manutenção acabou por se tornar numa pequena revolução que levou dez semanas. “Já que íamos ter de fechar para fazer umas obras nos quartos – têm todos casas de banho novas –, acabámos por aproveitar e fazer tudo”, diz Petra Sauer, directora-geral da Fortaleza do Guincho. 

Gil Fernandes
©DR

Com “tudo”, Petra refere-se também ao bar e, em especial, ao restaurante chefiado por Gil Fernandes. Inspirado pelo mar do Guincho que banha o restaurante e mergulhando na sua história, o chef dá-se a conhecer em dois menus de degustação (145€-190€) onde se destacam sabores bem portugueses, apresentados de forma criativa, dinâmica e cheia de técnica. Desde que assumiu o cargo em 2018, depois da saída de Miguel Rocha Vieira, na altura tornando-se no chef mais novo com uma estrela Michelin – tinha 28 anos –, que Gil se afirmou como uma lufada de ar fresco num hotel histórico. 

Restaurante de cara lavada

Cinco anos depois, a sala do restaurante está mais leve. Destacam-se os tons claros (o branco, sobretudo). Os quadros que decoravam o espaço desapareceram, sobressaindo hoje uma tapeçaria inspirada no fundo do mar, assinada por Vanessa Barragão, a mesma que deu que falar esta semana quando António Costa escolheu uma peça sua para doar à ONU. As cadeiras, anteriormente às riscas azuis, passaram a brancas também. Já na cozinha, as melhorias são essencialmente funcionais e essenciais ao bem-estar de uma equipa que não perde o foco. 

Petra não se cansa de reforçar como Gil Fernandes já precisava desta mudança e de sentir que o hotel estava consigo. A consequência, espera o chef, é um trabalho cada vez mais consistente e maduro.

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