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O Relógio: marcas portuguesas ocupam antigos Paços do Concelho de Cascais

O projecto é de uma das responsáveis pela Embaixada do Príncipe Real e junta a Nicollò, a Origem, A Industria, a HLC e a Papua.

Ricardo Farinha
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Ricardo Farinha
Relógio Cascais
DR - Catarina Almeida
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Abriu, de forma muito discreta, nos últimos dias de 2023, em modo soft-opening, no antigo edifício dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Cascais – mesmo no centro da vila e a poucos passos da Baía. O relógio emblemático da fachada, por baixo dos sinos, baptizou o novo projecto: O Relógio - Slow Retail.

 Relógio Cascais
DR - Catarina Almeida

Com diversas marcas portuguesas, é uma espécie de Embaixada do Príncipe Real em Cascais, ou não fosse a responsável uma das pessoas envolvidas nesse projecto de revitalização de um dos bairros mais centrais de Lisboa, Catarina Lopes. Muitos cascaenses nem se aperceberam da abertura, pois só nas últimas semanas ganhou toldos e outros elementos indicativos.

 Relógio Cascais
DR - Catarina Almeida

N’O Relógio - Slow Retail podem encontrar-se os chocolates quentes e os cafés de São Tomé da Nicollò, os óculos de sol de bambu da Origem, as roupas masculinas d’A Industria, as jóias da HLC e as peças de roupa de mulher da Papua, perfeitas para quem já só pensa no Verão. Algumas destas marcas, aliás, já estavam ligadas à Embaixada. O conceito, que quer dar destaque ao design nacional, ocupa o piso térreo do edifício, que tem cerca de 300 metros quadrados.

Relógio Cascais
DR - Catarina AlmeidaA Papua dá ares de Verão ao Relógio - Slow Retail

Tic, tac, tic, tac

A história deste projecto começou ainda antes da pandemia, quando a autarquia começou os preparativos para a concessão de uma série de edifícios municipais que tinham ficado vazios. Contactaram directamente a empresa que gere a Embaixada, onde Catarina Lopes trabalhava, sugerindo que concorressem ao concurso público. “Devem ter falado com muito mais gente do que eu”, conta Catarina Lopes. “Mas o concurso só se deu durante a pandemia e mais ninguém concorreu, estava tudo deprimido e em incerteza. Acabei por ficar com os seis edifícios. A empresa da Embaixada acabou por não quis fazer, mas eu já estava muito envolvida no projecto e achava que a minha missão no Príncipe Real já estava feita.”

Despediu-se, largando tudo para se dedicar ao novo objectivo. Acreditava que a vila merecia um projecto destes. “Cascais tem muita gente. Está um bocadinho vazio à noite, mas durante o dia até é bastante frequentado. Mas acho que não tem a oferta que neste momento faz sentido. Está desadequada. É pouco diferenciada, muito virada para as lojas de souvenirs em que as coisas nem sequer são feitas em Portugal... É preciso diversificar o centro de Cascais”, afirma. Foi nesse sentido que convidou estas marcas a terem os seus espaços dentro d’O Relógio. 

Relógio Cascais
DR - Catarina Almeida

Os outros edifícios com que ficou também já têm destino: um tornou-se o Café Joyeux, outro a Brave Generation Academy (um projecto educativo do empresário Tim Vieira). Em breve será inaugurado um restaurante Honest Greens, e outro vai albergar um centro de ateliers artísticos chamado Manufatura. As obras arrancam no Verão e será um “espaço de laboração” aberto ao público, onde artistas cujo trabalho não provoque demasiados constrangimentos possam receber clientes, vender as suas peças e trabalhar nas suas obras.

Praça 5 de Outubro, 75, Cascais. 11.00-14.30; 15.00-19.30

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