Bebidas, Ponchas, Venda Velha, Madeira
©Facebook/Venda VelhaPonchas do Venda Velha
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Cinco sítios para beber poncha na Madeira

A bebida tradicional da Madeira foi criada por pescadores para aquecer as noites frias. Para beber poncha, faça uma rota por estas tabernas, vendas e bares.

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A poncha está bem enraizada na Madeira – a sua origem remonta ao século XVI, altura em que os descobridores transportavam limão para prevenir o escorbuto. Para conservar o fruto, este era transportado em aguardente e melaço de cana produzidos na Madeira. Há várias versões mas as mais tradicionais são a poncha à pescador, com aguardente de cana-de-açúcar (o rum madeirense), limão e açúcar, e a regional, à qual é acrescentada laranja. Em todas há um denominador comum na confecção e os madeirenses garantem que é essencial: o pau de poncha, feito em madeira e também conhecido como “caralhinho” ou “mexelote”. Uma espécie de varinha mágica artesanal que mistura e macera todos os ingredientes. Diz quem sabe que a Bimby não faz igual. Vá a vendas (era aqui que, antigamente, se vendiam os produtos avulso), tabernas e pequenos bares – em todos, o preço da bebida varia entre os 1,50€ e os 2,50€. Descubra onde beber poncha na ilha, mas faça-o com moderação pela saúde do seu fígado.

Cinco sítios para beber poncha na Madeira

Na época alta, nesta casa na Quinta Grande, em Câmara de Lobos, vendem-se em média 200 a 500 ponchas por fim-de-semana. A bebida acompanha bem com uns tremoços temperados e amendoins. Está de portas abertas há mais de 70 anos e mantém a decoração, com armários de loiças antigas, notas de escudos e fotografias autografadas pelas muitas celebridades portuguesas que por aqui já passaram.

Independentemente da hora a que passar na Taberna da Poncha, na Serra D’Água, entre e peça um copo de poncha – conselho de madeirense, que garante que qualquer hora é boa para beber. Pelo caminho não estranhe as cascas de amendoim espalhadas no chão, que é mesmo assim que funciona esta taberna, uma das mais conhecidas na ilha, com cartões de visita a adornar as paredes. É feita na hora e mexida mesmo à sua frente.

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A poncha regional e à pescador são as mais populares da Venda do Sócio, Caniço, casa com mais de 50 anos que decora as prateleiras carregadinhas de boas pingas e espirituosas com cachecóis de equipas de futebol nacionais, internacionais ou de clubes regionais. Tem “dentinhos”, o nome das travessas de petiscos, para ir acompanhando a poncha.

A Venda Velha fica no coração da zona velha do Funchal e recria o ambiente das antigas vendas, apesar de ser um dos bares mais modernos, com mais cocktails e música e DJs sempre a garantir uma noite animada. Há metros de poncha, que é como quem diz tabuleiros cheios de pequenos copos de bebida prontos para irem para uma mesa cheia, e depois é só deitar abaixo. Tem as ponchas clássicas e de fruta, de maracujá e tangerina.

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É um ponto de referência na ilha, em plena serra, pelo que quer esteja a vir do nascer do sol no Pico do Areeiro ou a descer do pôr-do-sol, é bom sítio para parar e aquecer (lá em cima é fresco). A poncha é servida no bar, no hall do restaurante. É feita no momento e bem fresquinha. Se for mais ao final da tarde, é um bom sítio para ficar para jantar e provar uma canjinha na caneca, sopas de trigo, o caldo verde servido em pão caseiro ou a açorda.

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