Quando abriu, em meados de 2020, chegou a partilhar o nome e o espaço – um edifício de três pisos –, com uma padaria tradicional onde os pães de fermentação lenta, desde a focaccia e a chiabata, ao brioche e pão de Deus serviam de amparo a um menu de sandes que estavam dispostas em montras aquecidas, qual padaria francesa. Apostado no ideal de “happy food”, o chef Júlio Pereira decidiu, então, investir na vertente gastronómica do espaço e agora assume-o como restaurante puro e duro, aceitando que o pão, que continua a produzir, será sempre um complemento indispensável da sua cozinha. É de lá que saem pratos dedicados aos produtos locais, que aqui são trabalhados com respeito e uma dose saudável de arrojo. Caso disso são o excelso corneto de tártaro de atum da costa e o foi gras com maracujá e banana, pequenos entreténs de boca que fazem as vezes de uma refeição completa e que têm a vantagem de deixar espaço para as cookies caseiras de manteiga de amendoim que vão perfumando o ambiente, a pedir para serem companhia do café que dá por encerrado o almoço. Ao jantar as propostas viram-se para a comida de conforto e, por isso, é certo que quase tudo o que chega à mesa terá passado obrigatoriamente pelo forno, como a pá de borrego com migas e batatas bravas. Em dias de sol, vale a pena ocupar um dos lugares na esplanada no largo vizinho, um poiso calmo em pleno centro histórico.
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