Aves envoltas no negrume de um habitat contaminado por petróleo no Golfo do México, ursos escanzelados à procura de comida no gelo derretido do Ártico ou um mergulhador a nadar num mar atulhado de plástico em Bali. Todos os anos nos passam diante dos olhos imagens de um planeta ligado às máquinas, mas depressa o choque se perde no caos informativo e se transforma em indiferença. É para fomentar novas formas de acção e consciencialização perante uma das maiores ameaças do século que surge a primeira Ci.CLO – Bienal de Fotografia do Porto, sob o tema Adaptação e Transição. “Estamos preocupados com a crise ambiental e social que vivemos e os hábitos insustentáveis que promovemos”, afirma o director artístico e curador Virgílio Ferreira.
O mapa de exposições patentes até 2 de Julho inclui espaços como o Palacete dos Viscondes de Balsemão, Casa do Infante, Casa Tait, Reitoria da Universidade do Porto, Escola Superior Artística do Porto e Faculdade de Belas Artes. Sem esquecer as estações de metro dos Aliados e de São Bento, que acolhem um dos projectos-satélite do evento, o Visual Spaces of Change, projecto de vídeo-projecção no espaço público realizado pela Faculdade de Arquitectura. Para que não se perca entre um programa tão preenchido, escolhemos três exposições que não pode perder nesta bienal.
Relacionado: 16 obras de arte para ver no Porto