A espera foi longa, mas valeu a pena. A cerveja é boa, o espaço é bonito e os petiscos fazem crescer água na boca. A marca de cerveja lisboeta com mais "rock'ngole", como gostam de dizer, anunciou a sua chegada ao Porto em 2019. Mas só em meados de Outubro, quase dois anos depois, é que conseguiu abrir as portas no Passeio das Virtudes, mesmo de frente para o Douro.
“Houve vários elementos que atrasaram o processo. Um foi a Covid-19 e o outro o facto de se inserir numa zona que é Património da UNESCO”, explica Bárbara Simões, directora de comunicação da marca. Por causa disto, “tudo tem mais escrutínio, os processos são mais lentos e a maior parte da obra foi acompanhada por um arqueólogo. Não se partiu uma pedra sem consentimento”, acrescenta.
Têm 15 torneiras, oito ocupadas com as cervejas da casa e as restantes com convidadas. E da cozinha semiaberta saem óptimos petiscos que Ana Leão, João Baião e Cristiano Barata, o trio maravilha, preparam. Tiras crocantes de orelha de porco katsuobushi para roer; paratha, uma espécie de pão do Médio Oriente mas com massa folhada e acompanhado por labneh, grão e amba de dióspiro para partilhar; biqueirão fumado sobre um brioche artesanal da padaria Garfa, inusitadas espetadas de couve, bifanas do cachaço e tartes de marmelo são algumas das coisas boas que aterram sobre as mesas que, depois da refeição, podem ser rebatidas para dar espaço a um pezinho de dança.