Agosto
As Perseidas ocorrem todos os anos entre meados de Julho e final de Agosto. Em 2024, a chuva de meteoros estará activa de 17 de Julho a 24 de Agosto – o pico de intensidade está previsto para dia 12 de Agosto.
Depois de um 2020 e 2021 com actividade celestial modesta, é natural desejar um novo ano um pouco mais surpreendente. Tirando um eclipse total da Lua e um eclipse parcial do Sol, em Maio e Outubro respectivamente, não vai ser o caso: os astroturistas, amadores e profissionais, vão ter de se contentar com os poucos fenómenos previstos e lembrar-se que o que interessa é ver as estrelas a brilhar. É que, apesar do calendário astronómico para 2022 contar com fenómenos raros, a maior parte dos espectáculos não serão visíveis a partir de Portugal. De qualquer forma, para não perder pitada do que se vai passar lá em cima, espreite esta lista de eventos astronómicos e comece a pensar nos dias à janela, no jardim ou no terraço, a apreciar eclipses e chuvas de meteoros. Para mais informações científicas, o Observatório Astronómico de Lisboa tem tudo o que precisa, incluindo um calendário de bolso, que pode imprimir e levar consigo para todo o lado.
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As Perseidas ocorrem todos os anos entre meados de Julho e final de Agosto. Em 2024, a chuva de meteoros estará activa de 17 de Julho a 24 de Agosto – o pico de intensidade está previsto para dia 12 de Agosto.
Tirando o início do Outono, que no hemisfério norte é chamado de “Outono boreal”, a 23 de Setembro, este mês não vai contar com muitos eventos astronómicos dignos de nota. Um fenómeno comum na Europa associado a esta altura do ano é aquele “período de calor fora da estação” que geralmente ocorre no final de Outubro e Novembro. Em Portugal, chamamos-lhe o “Verão de São Martinho”.
Outubro é mês de chuvas de estrelas (é assim que as conhecemos, mas na verdade são chuvas de meteoros). A das Draconídeas – criadas quando a Terra passa pelos detritos de poeira deixados pelo cometa 21P/Giacobini-Zinner – começa a 6 de Outubro, termina a 10 e tem o seu pico de intensidade entre os dias 8 e 9.
A decorrer de 2 de Outubro a 7 de Novembro, o pico de intensidade das Oriónidas – produzida pelos fragmentos de um dos cometas mais famosos da história, o 1P/Halley – está previsto para 20 e 21 de Outubro, com 10 a 20 eventos astronómicos por hora.
As Leónidas, associadas à passagem do cometa Tempel-Tuttle, podem ser observadas todos os anos por volta de 17 de Novembro. Este ano não será excepção. As chuvas começam a 6, mas o pico é de facto entre os dias 16 e 17. De 30 em 30 anos, costumam haver verdadeiras tempestades de Leónidas: a última foi em 1998, por isso só lá para 2028 é que terá oportunidade de assistir a uma. Em 2024, esperam-se cerca de 15 a 20 meteoritos por hora.
Em Dezembro, além da mudança de estação, com o Solstício de Inverno no dia 22, conte com duas chuvas de meteoros.
As Geminídeas são consideradas uma das mais espectaculares chuvas de meteoros do ano. Com sorte, conseguimos avistar cerca de 120 meteoros por hora no seu pico, que em Portugal será entre os dias 13 e 14 de Dezembro. Ao contrário da maioria das outras chuvas, as Geminídeas não estão associadas a um cometa mas a um asteroide: o 3200 Phaethon, que demora cerca de 1,4 anos a orbitar o Sol.
Já a chuva de meteoros Ursídeas – associada ao cometa 8P/Tuttle – está activa anualmente entre 17 e 26 de Dezembro. O pico ocorre geralmente entre os dias 22 e 23.
O primeiro eclipse de 2024 está previsto para os dias 24 e 25 de Março. Em Portugal, apenas o início será visível, pelas 16.53. Como a Lua estará abaixo do horizonte na nossa geografia na maior parte do tempo, não será possível ver nem o pico máximo nem o fim do fenómeno.
Em Abril de 2024, no dia 8, haverá um eclipse solar total, que em Portugal apenas será parcial. A verdade é que vamos ter de esperar mais dois anos até vermos de facto um eclipse solar total no nosso país, a 12 de Agosto de 2026.
Famosa pela sua velocidade, a chuva de meteoros Eta Aquáridas atinge o seu pico máximo em Maio de cada ano. Em 2024, começa a chover a 19 de Abril e termina a 28 de Maio, com o pico de intensidade previsto acontecer entre os dias 5 e 6 de Maio. A melhor altura para as ver costuma ser nas primeiras horas antes do amanhecer.
Nem todos temos a sorte de viver na região do Alqueva, onde há uma média de mais de duas centenas de noites sem nuvens, perfeitas para apreciar o tecto natural da Terra em todo o seu esplendor. Mas mesmo na cidade é possível ver as estrelas. Nesta altura, não o queremos fora de casa, nem para ir à caça de constelações, mas se a paisagem da sua janela estiver desimpedida, for um sortudo com terraço em casa ou tiver um lindo jardim nas traseiras, desafiamo-lo a armar-se em astroturista. Basta recorrer à ajuda de uma destas apps para descobrir o céu.
É a maravilha da tecnologia: permite, de uma forma prática e divertida, encontrar estrelas, planetas, constelações, galáxias, satélites e tantos outros objectos celestes. Da mais básica à mais profissional, não há de certeza falta de aplicações disponíveis para ver (e saber o que não está a ver) no céu nocturno.
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Quando pensamos em acampar, a indecisão ataca entre enumerar os lugares bonitos onde o podemos fazer e entrar em pânico com a parte chata de ter de o fazer, como termos de andar com o papel higiénico atrás ou demorarmos dias a lavar o pó do corpo. Mas a verdade é que passar férias num parque de campismo já não é o que era. Há cada vez mais e melhores opções. E são muitos os encantos em dormir no meio da natureza, do ar puro à oportunidade de adormecer com uma banda sonora natural. Desde parques dedicados ao ecoturismo até aos glampings, o difícil será escolher – se existir acesso directo à praia, melhor. Desligue-se do mundo nestes parques de campismo.
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