Mario Kart Live: Home Circuit
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‘Mario Kart Live: Home Circuit’ torna qualquer sala num kartódromo virtual

‘Mario Kart Live: Home Circuit’ é o novo jogo de realidade aumentada da Nintendo. E o melhor brinquedo que vai estar à venda neste Natal.

Luís Filipe Rodrigues
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★★★★☆

A Nintendo não é uma empresa de videojogos como as outras. Enquanto concorrentes como a Sony e a Microsoft são líderes do sector tecnológico, e se dedicam a inovar e a mediar a nossa relação com a tecnologia desde a sua fundação no século XX, a Nintendo tem uma história mais longa, e tem influenciado a cultura popular de maneiras diferentes. Se mudou as nossas vidas, foi por ser a maior e melhor fábrica de brinquedos do mundo. Para a Nintendo, a inovação tecnológica é secundária; o mais importante é a diversão. Mario Kart Live: Home Circuit é o mais recente fruto e testemunho desta filosofia.

Anunciado há uns meses, no âmbito das celebrações do 35.º aniversário de Super Mario Bros, Mario Kart Live: Home Circuit é o melhor jogo de realidade aumentada alguma vez feito. Custa 109,99€ e inclui um carro telecomandado, pilotado por Mario ou Luigi, com uma construção sólida e detalhada, um cabo de carregamento USB, quatro pórticos e duas baias direccionais de cartão, que podem ser dobradas para não ocuparem muito espaço na casa quando não estão a ser usadas. Depois, é só descarregar gratuitamente o jogo homónimo da Nintendo eShop, emparelhar o kart com uma Switch e começar a correr pelas salas.

A viatura é telecomandada através da consola, e tem incorporada uma câmara que filma a casa e transmite as imagens de volta para o ecrã da Switch. A resolução do vídeo é baixa – os jogos e produtos da Nintendo não são conhecidos por recorrerem a tecnologia de ponta, como já se notou – e quando o carro se afasta muito da consola a transmissão começa a falhar; todavia, o cuidado com os pequenos pormenores, como a animação do personagem principal, que reage aos nossos comandos, fazem-nos esquecer estas limitações técnicas.

Ajuda também que Mario Kart Live: Home Circuit seja muito bom. Por um lado, é quase um Mario Kart Maker, que convida o jogador a espalhar os pórticos e as baias direccionais pela casa e a fazer as suas próprias pistas. Não se pode dizer que o único limite seja a criatividade de cada um, porque a dimensão e topografia das casas limitam muito o que se pode fazer. Se bem que tem uma certa graça jogar com as limitações do espaço e usar os objectos decorativos e tralhas espalhadas pela casa para construir as pistas deste kartódromo virtual – vasos de plantas transformam-se em selvas, sapatos largados no chão da sala tornam-se rampas e obstáculos, os animais domésticos são monstros kaiju que perseguem os karts.

Mas construir as pistas é apenas parte da diversão. Afinal, Mario Kart Live: Home Circuit é um jogo de corridas. Como em qualquer outro Mario Kart, há vários rivais a correrem contra nós no ecrã, e é possível usar objectos virtuais espalhados ao longo do percurso para aumentar a velocidade ou atrapalhar os outros quatro condutores, que também fazem o que podem para nos prejudicar, largando cascas de banana no asfalto ou lançando bombas na nossa direcção. Além disso, há diversos modos de jogo e as pistas podem ter características e elementos diferentes. E o melhor é que, além dos rivais controlados pela inteligência artificial, também é possível enfrentar jogadores de carne e osso – desde que estejam todos na mesma casa e cada um tenha o seu carro telecomandado e a sua consola.

Disponível para Nintendo Switch.

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A vida não está fácil. A ansiedade é generalizada e palpável, as depressões cada vez mais comuns. O mundo mudou de repente e ainda estamos a aprender a lidar com esta nova anormalidade.

Mas uma coisa é certa – depois de um dia complicado na firma ou na escola, há poucas coisas melhores do que sentar o rabo no sofá, meter um comando nas mãos e jogar um joguinho. Alguns ajudam mesmo a diminuir os níveis de stress, quer pela suas propriedades relaxantes, quer por serem um lugar onde podemos largar a nossa raiva sem preocupações. Estes jogos têm-nos ajudado a lidar com 2020.

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A realidade virtual pode ser boa, mas não é para todos. O preço ainda é um entrave, e há quem se sinta fisicamente indisposto ao fim de poucos minutos e não consiga usufruir destas experiências. Além disso, apesar de haver cada vez mais jogos de realidade virtual, por agora são poucos os títulos que valem mesmo a pena. Entre as excepções, destaca-se Half-Life: Alyx, lançado em Março deste ano. Pode não ser a continuação de Half-Life por que muitos esperavam, mas é um dos melhores videojogos do ano. E o primeiro que justifica por si só o investimento nuns óculos de realidade virtual. 

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