Bruno Nogueira
É caso para dizer que até no Pólo Norte já se ouviu falar de Como é Que O Bicho Mexe. O programa improvisado de Bruno Nogueira no Instagram, “a melhor coisa da quarentena”, escrevem alguns, conseguiu a proeza de juntar mais espectadores a olhar para um ecrã de telemóvel com pouca qualidade do que um jogo do Benfica – x Porto. De segunda a sexta, a partir das 23.00, depois de deitar as filhas, Bruno Nogueira senta-se à secretária com um copo de vinho na mão e vai ligando a quem lhe apetece para falar sobre assuntos tão nobres como “pichas” ou “pipis” – palavras recorrentes do próprio. Nuno Markl, João Manzarra, Salvador Martinha, Nuno Lopes, Nelson Évora, Jessica Athayde e até a sua própria mãe já participaram nas conversas. Em Fevereiro, antes de esgotar a Altice Arena com o seu espectáculo de humor, Bruno Nogueira aceitou ser director por uma semana da Time Out Lisboa e virou (literalmente) a revista de pernas para o ar. Em tempos de pandemia, também vira os hábitos ao contrário: é nos comentários dos directos de Bruno Nogueira que vai encontrar os seus amigos já com uns copos a mais numa sexta à noite – ou numa segunda à noite, pouco importa. Num dos episódios do programa, que acaba sempre com uma canção de Filipe Melo ao piano, Nuno Markl sugeriu que toda a gente que estivesse a ver seguisse a conta de Cal Lockwood, um homem que grava sozinho um programa de rádio no Árctico. De três seguidores, Lockwood acordou no dia seguinte com mais de 60 mil e um pedido: passa Mário Laginha. Na sua conta de Instagram, Bruno Nogueira diz que não sabe quanto tempo mais irá aguentar este ritmo diário de directos. “Mas quero que saibam que a mim também me faz bem estar convosco.”