Marta Pinto Ribeiro
Tem 37 anos e é formada em escultura, talvez por isso é que diz que se deixa “influenciar muito pelas formas”. “Gosto de trabalhar volumes e texturas. A última colecção que fiz, por exemplo, foi em madeira.”
A Collectiva, a nova loja de joalharia do Centro Comercial Bombarda, tem cinco mulheres cheias de ideias a trabalhar lá dentro. Numa mesa comprida, além das peças que cada uma faz – como vêm de diferentes áreas, têm necessariamente diferentes formas de criar jóias – estão também as criações de mais cinco joalheiras convidadas.
Esta opção 100% feminina não acontece à toa, dizem. “Queremos fazer a diferença por sermos mulheres”, diz Joana Santos, uma das residentes. “Antigamente a indústria da ourivesaria era essencialmente masculina. Os homens faziam a estrutura da peça e definiam o design. Tinham um trabalho muito braçal, sempre em redor das máquinas. Às mulheres competia-lhes a função mais chata e monótona. Eram elas que faziam o enchimento da filigrana, por exemplo, eram chamadas de enchideiras”, acrescenta Lia Gonçalves, outra das criadoras.
E já que os tempos são de mudança, fique a conhecer o trabalho destas cinco mulheres.
Leia mais sobre este e outro projecto de joalharia na edição deste mês que está nas bancas.
Tem 37 anos e é formada em escultura, talvez por isso é que diz que se deixa “influenciar muito pelas formas”. “Gosto de trabalhar volumes e texturas. A última colecção que fiz, por exemplo, foi em madeira.”
É formada em Arquitectura e baseia o seu trabalho na geometria. “A minha primeira colecção, com o nome 'Origem', teve como ponto de partida o quadrado”, conta a joalheira de 31 anos, que tem na prata o seu material de eleição.
Tem 39 anos e formação em Matemática, área que transportou para a joalharia. “Trabalho muito sobre a repetição e os padrões, isto é, com elementos geométricos, e às vezes com conceitos matemáticos. O meu trabalho é muito abstracto.”
Com 29 anos é a mais nova do grupo e a única com formação de raiz em joalharia. “Arranjo sempre um tema antes de começar a criar. Gosto muito de texturas, por exemplo, e no meu trabalho adapto técnicas tradicionais a um segmento mais contemporâneo.”
Tem 33 anos e, tal como Joana, é formada em Arquitectura. Vai buscar inspiração aos edifícios e às plantas de construção. “Uma das minhas colecções foi inspirada numa igreja islandesa. Gosto da contemporaneidade e de peças com um design clean.”
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