Mas vamos ao que interessa. Como é que se faz um sabonete? A fábrica está dividida de acordo com as fases do produto. A primeira é ocupada pelas máquinas onde são produzidos os sabonetes. Estas, mais modernas e mecanizadas, foram construídas por um trabalhador de uma fábrica de peças de automóvel de Vila do Conde, que dá apoio à Castelbel nas horas vagas. Mas há uma outra que não ficou para trás nas mudanças – acompanha a Castelbel desde a sua fundação e ainda é usada para cunhar manualmente sabonetes com formas mais complexas como, por exemplo, as sardinhas da marca.
É nesta área de produção que o produto passa por todas as etapas, desde a mistura das matérias-primas ao cunho. E por falar em misturas, Aquiles, preocupado com a sustentabilidade, há uns meses deixou de usar óleo de palma e substituiu-o por azeite e óleo de coco.
Vítor Machado é o autor dos desenhos de todos os moldes de sabonetes. Está numa pequena oficina, ao lado, e desenvolve um trabalho muito minucioso, que é feito à mão e apenas por ele. Vítor já faz isto desde os 15 anos e veio para a Castelbel a pedido do engenheiro. Antes trabalhava por conta própria a fazer medalhas de ouro.
Quando o processo termina, é verificado o acabamento de cada um dos sabonetes.
Na sala seguinte damos de caras com uma linha de montagem. Cem mulheres, sentadas em redor de diferentes mesas, desempenham diferentes fases de embalamento. "Fazem à volta de 700 sabonetes por hora. Fazemos entre 33 mil e 35 mil por dia", explica Ana Maria, a encarregada desta área.
Nestes novos cinco mil metros quadrados cabem ainda os departamentos de design, vendas, entre outros, e uma sala onde se podem personalizar sabonetes com frases e desenhos à escolha. Estão cada vez mais populares e até já houve quem usasse um sabonete num pedido de casamento. Se estiver interessado, o serviço está disponível na loja do Palácio das Artes.
Rua Conselheiro Araújo de Barros, 209 (Maia)