A Escovaria de Belomonte é uma espécie de loja/fábrica/museu. Depois de se passar a porta esguia e o arco-íris de vassouras coloridas penduradas no tecto do corredor, o nosso olhar é de imediato direccionado para a pequena fábrica que funciona dentro da loja, sem nada a separar.
É, portanto, altamente provável que apanhe Rui Rodrigues e Maria de Fátima a trabalhar – tudo é feito e transformado aqui, ao vivo e a cores. A escovaria é um negócio de família, criado em 1927 pelo avô da mulher de Rui, António Silva (o nome que está na placa da entrada), num anexo da sua casa em Massarelos. Passados 13 anos, migrou para Belomonte.
Em 2007, Rui Rodrigues tomou conta do navio, com a ajuda essencial de Maria de Fátima, especialista na arte da escovaria que trabalha na loja desde o tempo de António Silva. O processo continua todo manual – trabalhar a madeira, dar forma, tratar o pêlo (de porco, cabra, cavalo ou texugo) e encher a escova com o pêlo – mas Rui introduziu “uma roupagem nova, algum design” aos artigos.