A má utilização de máscaras é um factor de risco na propagação do novo coronavírus. Mesmo quando instaladas na face com todo o preceito, continuam a dar uma falsa sensação de segurança. Falamos das máscaras cirúrgicas, que servem o propósito de não contaminarmos quem nos rodeia, mas é importante seguirmos todos os procedimentos, como manda a lei e o bom senso. Isto significa que a utilização das máscaras só fará efeito se todos as usarmos.
É importante sublinhar que o vírus está a ser estudado por cientistas de todo o mundo e que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não tem ainda um estudo sobre a segurança que oferecem as máscaras reutilizáveis: “O uso de máscaras feitas de outros materiais (por exemplo, tecido de algodão), também conhecidas como máscaras não-médicas, na comunidade, não foi bem avaliado. Não há evidências actuais para fazer uma recomendação a favor ou contra o seu uso nessa configuração”, explica a OMS.
Portanto, vamos por partes. Nos países que estão a recomendar o uso de máscaras como medida de prevenção, como é o caso de Portugal, que aconselha a sua utilização, para já, em espaços fechados, a OMS sublinha a importância de seguir as seguintes instruções para a utilização de máscaras cirúrgicas e comunitárias:
1) Antes de colocar uma máscara, limpe as mãos com um gel à base de álcool ou água e sabão;
2) Cubra a boca e o nariz com a máscara e verifique se não há espaços entre o rosto e a máscara;
3) Evite tocar na máscara enquanto a estiver a usar. Se o fizer, limpe as mãos com um gel à base de álcool ou água e sabão;
4) Substitua a máscara por uma nova assim que estiver húmida e não reutilize máscaras de uso único;
5) Remova a máscara pelos elásticos (não toque na frente), deite-a num recipiente fechado, e limpe as mãos com um gel à base de álcool ou água e sabão.
Tipos de máscaras:
- Os respiradores (FFP – Filtering Face Piece, classes FPP2 ou FFP3). São equipamentos de protecção individual destinados aos profissionais de saúde e a pessoas mais vulneráveis, como idosos, doentes crónicos ou com sistemas imunitários débeis. Ou seja, protegem quem usa e quem circula em redor.
- As máscaras cirúrgicas. Previnem a transmissão de agentes infecciosos pelas pessoas que utilizam a máscara.
- As máscaras não-cirúrgicas. Também chamadas de comunitárias ou de uso social. São feitas com diferentes materiais têxteis, destinadas à população geral, mas não certificadas.
O Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário (CITEVE) é o responsável por certificar as máscaras comunitárias que várias empresas portuguesas estão a produzir e vender. As máscaras sociais reutilizáveis de nível 3 devem ter uma capacidade de retenção de partículas de, no mínimo, 70%, e têm de resistir, pelo menos, a cinco lavagens. Fomos à procura de algumas das marcas que estão a produzir equipamentos de protecção individual com selo de aprovação e que entregam em casa.
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