vinho verde
© Matthieu Joannon
© Matthieu Joannon

Seis vinhos verdes para este Verão

Verde. Muito mais do que uma cor

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Já lá vai o tempo em que vinho verde era apenas sinónimo de vinhos com gás, simples e muito baratos. Esses continuam a existir, com a vantagem de hoje serem, praticamente todos, vinhos muito bem feitos. Mas vinho verde, garante Mariana Lopes (@winemariana), é também complexidade, diversidade, estrutura, ambição e carácter. Estes seis são prova disso, perfeitos para um Verão verde.

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Os melhores vinhos verdes para este Verão

1. Casa de Vilacetinho

Vinho Verde Avesso Grande Reserva branco 2017
Sociedade Agrícola Casa de Vilacetinho
29€

A Avesso é cada vez mais valorizada como casta nobre da região dos Vinhos Verdes, sobretudo na sub-região de Baião, onde se expressa de forma mais especial. A Casa de Vilacetinho foi um dos produtores que para isso contribuiu, produzindo vinhos Avesso que exaltam a pureza aromática desta uva, com nervo e capacidade de guarda. Este Grande Reserva é um dos topos de gama, com aroma bem atractivo de pedra molhada e floral, com sugestão de zest, aloé vera e pimentas. Tem imensa cremosidade, envolvimento e equilíbrio, é fino e muito bem definido.

Fica bem com: alguns pratos de carne com ervas aromáticas e gordurinha da boa, como anho (borrego) com arroz de forno, típico na região de Baião.

2. Casa Santa Eulália

Regional Minho Alvarinho branco 2021
CSE – Sociedade Agrícola
7€

Um Alvarinho de perfil diferente dos de Monção e Melgaço (sub-região onde a casta é rainha), mas muito atractivo e óptimo neste segmento de preço. Este vinho da Casa Santa Eulália é descomplicado, fresco, mas com imensa substância, bem saboroso na fruta e nas notas florais. Com nariz de pedra raspada, fruta branca tipo alperce e nêspera, folha de limoeiro, raspa de lima e flores do campo, é crispy na acidez e macio ao mesmo tempo, a acabar com nota vegetal que corta tudo.

Fica bem com: pratos leves de peixe, marisco, saladas mais ou menos elaboradas, sobremesas frutadas, canapés de massa folhada ou fritos.

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3. Muros Antigos

Vinho Verde Loureiro branco 2021
Anselmo Mendes Vinhos
6€

Não é possível falar de Vinho Verde sem mencionar o nome Anselmo Mendes. É conhecido como o “Sr. Alvarinho”, pela experiência que tem com a casta, mas na verdade poderia ser apenas “Sr. Vinho”, dado que é praticamente o Cristiano Ronaldo dos enólogos portugueses. Todos os vinhos que produz são inquestionavelmente bons, do mais baixo ao mais alto segmento de preço, qualquer que seja a casta e o perfil. É o caso deste Muros Antigos Loureiro, um branco muito bonito e delicado, que traz flores, casca de limão, folha de louro ao conjunto, e depois na boca é enérgico e bem fresco, puro, expressivo e mantém-se connosco durante bastante tempo…

Fica bem com: peixes brancos grelhados ou assados no forno sem grandes condimentos, alguns queijos menos fortes, peixes fritos com arroz de tomate.

4. Sem Igual Ramadas Metal

Vinho Verde Escolha branco 2018
Arrochela & Camizão
25€

João e Leila Camizão iniciaram o seu projecto vínico de “boutique” em 2012, com o lançamento do primeiro Sem Igual. Em Lousada, o casal aposta fortemente na dupla de castas Arinto e Azal, e produz vinhos únicos, cheios de carácter, com uma tensão e força transversais à gama. Sem dúvida, vinhos sem igual. Este Ramadas Metal é feito totalmente em inox (em oposição ao Ramadas Wood, vinificado em barrica) com estas duas castas, de vinhas conduzidas em ramada, técnica de viticultura tradicional na região dos Vinhos Verdes na qual as videiras formam uma espécie de pérgula. Tem no aroma infusões e flores secas, casca de citrinos e pedra molhada. Cremoso e equilibrado na boca, tem óptima frescura e sugere fruta branca subtil. Estruturado e longo, é muito sumarento.

Fica bem com: pastas trufadas, peixes com gordura ou com molhos cremosos, folhado de legumes e cogumelos.

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5. Soalheiro Granit

Vinho Verde Alvarinho branco 2021
Vinusoalleirus
14€

Do completo portefólio de Soalheiro, o Granit sempre foi o meu favorito, e tem uma relação qualidade/preço arrebatadora. Com este vinho, o produtor de Melgaço pretende mostrar o lado mais mineral da casta Alvarinho, e para isso “fermenta em inox a uma temperatura mais elevada do que o normal nos vinhos brancos, 22ºC, o que faz com que a natureza frutada do Alvarinho não encubra a mineralidade”. De perfil aromático sério e contido, tem notas leves de citrinos perfumados. Na boca tem imensa firmeza e nervo, largura de boca e elegância. Excelente capacidade de guarda.

Fica bem com: cozinha italiana em todo o seu espectro, mariscos e queijos intensos, presunto e peixes gordos.

6. Zafirah

Vinho Verde tinto 2021
Constantino Casimiro Barbosa Ramos
12€

Este tinto de perfil bem original, mais aberto na cor, com óptima estrutura ácida e imenso sabor e frescura, é a forma de o produtor Constantino Ramos homenagear os antigos vinhos tintos de Monção, onde também as castas são antigas: Alvarelhão, Borraçal, Pedral, Espadeiro e Vinhão. No nariz, assenta em fruta silvestre madura, arbusto seco, xarope de ácer e resina de pinheiro. Muito fresco e delicado, tem excelente acidez e equilíbrio, pedindo (quase obrigando a) mais um copo.

Fica bem com: pizza, sardinha, bolonhesas e pratos com cogumelos.

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