1. O Porteiro da Noite
Um dos filmes mais genuinamente incómodos já feitos, ou não fosse assinado pela tantas vezes controversa Liliana Cavani. Charlotte Rampling é uma sobrevivente dos campos de concentração alemães da II Guerra Mundial que reencontra, a trabalhar como porteiro num hotel de Viena, o antigo oficial das SS (Dirk Bogarde) com o qual teve uma tão doentia como brutal relação sadomasoquista no campo, relação essa que é reatada. As reacções da crítica a O Porteiro da Noite foram do aplauso pelo tratamento corajoso do tema num contexto muito delicado, até à execração mais veemente, por “sensacionalismo pornográfico” ou “exploração do Holocausto”.