Não se trata da chegada de mais uma época de folhetos natalícios carregados de brinquedos, mas o lançamento do Disney+ em Portugal podia bem ser anunciado pela velhinha Leopoldina: há reis, princesas, dragões, heróis de banda desenhada e até um muito famoso Yoda bebé – sabe mesmo a prenda de Natal antecipada. Quase um ano depois de ter chegado aos Estados Unidos, o serviço de streaming da Disney fica disponível por cá esta terça-feira, dia 15 de Setembro.
Depois da transferência de Cristina Ferreira para a TVI, a chegada do Disney+ é sem dúvida o maior acontecimento de 2020 no mundo da televisão e do entretenimento em Portugal. E não é exagero: em apenas um ano, o Disney+ é já o terceiro maior serviço de streaming, com mais de 55 milhões de subscritores, ficando atrás apenas da Netflix e da Amazon Prime. O número impressiona, até porque a Disney estimava alcançar 50 milhões de subscritores apenas em 2025. Mas não é difícil perceber porquê. Desde que foi anunciado, que o mercado tem mexido, desde logo porque este novo serviço de streaming não inclui apenas os conteúdos da Disney, mas de todas as marcas que a gigante foi adquirindo ao longo dos anos, com especial destaque para a Pixar e a Marvel. Vale a pena lembrar que, até agora, a Marvel tinha uma forte presença no catálogo da Netflix. Sem surpresa fomos ouvindo os cancelamentos de O Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, O Punho de Ferro, O Justiceiro e Os Defensores.
O Disney+ é ainda casa da Fox, da National Geographic e da Lucasfilm. E foi a série The Mandalorian, o spin-off de Star Wars protagonizado por Pedro Pascal, a principal aposta do serviço – não houve quem não tivesse ouvido falar do “baby Yoda”, que até hoje continua a inundar as redes. A segunda temporada chega em Outubro.
Há ainda mais razões para o sucesso do Disney+, ou não tivesse este um dos catálogos mais adorados. Estão lá os clássicos da Disney, os acarinhados filmes da Pixar, todo o universo da Lucasfilm e, claro, os gigantes da Marvel.
A Disney foi ainda a primeira a arriscar tirar um filme com orçamento de blockbuster – cerca de 244 milhões de euros – do cinema para o estrear no seu serviço. Depois de sucessivos adiamentos por causa da pandemia, Mulan, o remake em imagem real, já não vai para as salas e poderá ser visto apenas no Disney+. Nos Estados Unidos, o filme já se estreou por um custo extra de 30 dólares (25 euros), mas a partir de Dezembro ficará disponível no catálogo. Em Portugal, o filme ficará disponível apenas a 4 de Dezembro, sem mais custos associados, como parte integrante da oferta para todos os subscritores.
Até 14 de Setembro, um dia antes do lançamento oficial, a assinatura anual do Disney+ tem o preço de 59,99€. Depois disso, a subscrição anual custa 69,99€, ou 6,99€ por mês. O serviço vai funcionar em todas as principais plataformas, dispositivos móveis, consolas de videojogos ou smart TVs. E, tal como os serviços mais conhecidos a operar por cá, o Disney+ não terá anúncios a interferir com o conteúdo. Será também possível fazer o download ilimitado de episódios em até dez aparelhos, para poderem ser vistos offline.
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