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Os 25 melhores filmes de super-heróis

Os super-heróis dominam o cinema, abrindo o caminho da imaginação à custa de efeitos especiais… e divertimento sem culpa.

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Já vêm detrás, mas não há dúvida que neste século o cinema pop é dominado por super-heróis carregados de super-poderes aditivados por efeitos especiais digitais de qualidade indesmentível e cada vez mais capazes de maravilhar. De certo modo, é perfeitamente normal que num mundo complexo, conflituoso e sectário, onde muitas vezes é difícil distinguir o bem e o mal, o imaginário popular procure não uma resposta mas pelo menos o alívio que encontra na fantasia e na imaginação. Mas isso também era dantes, porque agora o super-herói é do tipo de ter mais dúvidas que certezas, como se pode ver nesta discutível lista de 25 melhores filmes de super-heróis.

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Os 25 melhores filmes de super-heróis:

1. Super-Homem: O Filme (1978)

Sem ser aqui que tudo começou, é verdade que o filme dirigido por Richard Donner foi o primeiro em que o Super-Homem realmente voava e não se limitava a saltitar como na série de televisão dos anos de 1950. Christopher Reeve teve o papel que havia de marcar a sua carreira e, com negra ironia, o resto da sua vida. E continua, apesar das sequelas e prequelas, a ser o verdadeiro filho de Kripton. Era um herói de outros tempos, nascido não por acaso na DC Comics, que se tornaria, a partir da criação da Marvel, em símbolo de conservadorismo na banda desenhada norte-americana, pelo que não espanta que neste muito longínquo ano de 1979, o filme seja antes de tudo um espectacular divertimento. Mas até isso havia de mudar.

2. Batman (1989)

Outro herói criado na DC Comics, Batman (que tecnicamente nem é super coisa nenhuma, antes um tipo de grande cabedal, jeito para a porrada, treino conveniente, uma boa armadura e viaturas, aparelhos e engenhocas para todos os fins úteis no combate ao mal) ganhou uma nova dimensão com a criação da banda desenhada de Frank Miller (com Klaus Janson e Lynn Varley). The Dark Knight Returns, publicado em 1986, apresentava a personagem envelhecida e dominada pelo negrume psicológico causado pelos traumas da sua orfandade e pela verificação de como o crime porfiava apesar dos seus esforços. Três anos depois, Tim Burton pegou nessa obra e nos contributos entretantos acrescentados por Alan Moore e mais alguns autores de BD, carregou no ambiente gótico e, com um toque de génio e outro de bizarria – que marcaria a bem dizer todas as sequelas da série –, centrava a acção, por um lado na vida pessoal de Bruce Wayne, e, principalmente, nas malfeitorias multi-cromáticas engendradas pelo Joker criado por Jack Nicholson, para tornar o seu Batman ainda mais rodeado de sombras.

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3. Batman: A Máscara do Fantasma (1993)

Prosseguindo a saga do milionário-justiceiro (e ainda lá voltaremos), antes de Christopher Nolan pegar na série, este filme de animação dirigido por Eric Radomski e Bruce Timm, com argumento de Alan Burnett, encontrou um lugar especial entre os batmaníacos, alguns muito capazes de afirmar – com certo exagero, é certo – ser a melhor de todas as versões cinematográficas. Na verdade, o realizador compreendeu muito bem como Batman e tragédia andam sempre juntos. E foi esse o caminho que seguiu até o herói meter na ordem o Fantasma antes de este matar todos os criminosos de Gotham, sem descurar o carácter existencialista da personagem nem aliviar as cenas de violência de criar bicho.

4. O Protegido (2000)

Muito antes de os super-heróis se tornarem ubíquos no cinema, no ano 2000 M. Night Shyamalan assinou um dos melhores e mais visionários filmes do género. Protagonizado por Bruce Willis, no papel do invulnerável e fortíssimo David Dunn, e Samuel L. Jackson, perfeito na pele do inteligentíssimo e fisicamente vulnerável Elijah Price, O Protegido conta uma história original, que analisa e questiona os arquétipos super-heróicos importados dos livros de quadradinhos. Passados 19 anos, os seus protagonistas reencontrar-se-iam no igualmente recomendável Glass.

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5. Hulk (2003)

Agora uma coisa quase completamente diferente que permite aceder a uma nova categoria de super-herói, aquele criado por acidente, geralmente em consequência de experiência científica que dá para o torto. Ang Lee, na sua incursão neste universo, introduz a sua marca de maneira assaz peculiar, isto é, fazendo deste filme não apenas uma sequência de cenas de acção entrecortadas pelo desespero do cientista Bruce Banner que sem querer se tornou um monstro. Mas, em seu lugar, e sem descurar a traulitada necessária e a espectacularidade correspondente, criando uma história de separação e reencontro sentimentais. Porque se é verdade que o comportamento de Banner deixa a namorada (Jennifer Connelly) piursa, o certo é que quando Hulk (Eric Bana) surge em cena ela não o deixa para trás, atraída por uma mistura de curiosidade e encantamento que tem muito de sentimental e marca uma história desequilibrada – com algum exagero, uma espécie de versão de A Bela e o Monstro.

6. The Incredibles – Os Super Heróis (2004)

Por esta altura já se sabia que a Pixar era um estúdio de onde saíam maravilhas como Toy Story, mas o mundo dos super-heróis ainda lhes era alheio, pelo que The Incredibles – Os Super Heróis foi, em simultâneo, uma experiência e uma aventura para os seus criadores. Partindo, como todos os outros da banda desenhada, Brad Bird recusou uma personagem pré-existente e criou de raiz esta família inspirando-se aqui e ali. Mais, não se fez rogado na introdução de detalhes, quase piscadelas de olho cinéfilas, por vezes, para entreter os adultos, enquanto encantava e excitava os mais novos em cenas de acção caricaturais onde um vilão é sistematicamente ridicularizado e os super-heróis adultos não se safam sem a ajuda dos seus filhos.

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7. Homem-Aranha 2 (2004)

A trilogia do Homem-Aranha de Sam Raimi continua a ser a mais fiel ao espírito dos comics originais, apesar de algumas liberdades tomadas pelo realizador. E este filme de 2004 continua, também, a ser o melhor da franquia. Aqui o Homem-Aranha (Tobey Maguire) enfrenta um novo vilão, o Dr. Octopus (Alfred Molina), ao mesmo tempo que lida com os problemas domésticos da tia May e com o afastamento da sua amada Mary Jane (Kirsten Dunst) e do melhor amigo, Harry Osborn (James Franco), cujo pai morreu na fita original.

8. Hellboy II – O Exército Dourado (2008)

Aqui está um filme que mostra a confiança do realizador no material que tem à disposição. Guillermo Del Toro não se preocupa com o que vem antes, evitando a armadilha de se copiar a si próprio, e ainda aproveitou para emendar o que não saíra grande coisa no primeiro episódio, fazendo desta sequela uma das mais bem engendradas da história das sequelas, pelo menos de super-heróis. Por outro lado, as interpretações de Ron Perlman, Selma Blair, Doug Jones e Jeffrey Tambor são exemplares, em grande parte pela densidade acrescentada às personagens pelos argumento e realização, que não se fazem rogados na forma irónica como usam a linguagem mais desbragada entre destruições sistemáticas, espectaculares e com o seu quê de cómico. Ah! E o Exército Dourado é derrotado.

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9. Homem de Ferro (2008)

Se a Marvel tem um plano para dominar o mundo do cinema e da cultura pop através dos super-heróis, foi aqui, em Homem de Ferro, que deu o passo decisivo para uma colecção de filmes inter-relacionados capazes de esmagar a concorrência e obrigar o cinéfilo mais dado ao super-heroísmo a criar um organograma deste universo antes de se perder no emaranhado de personagens e suas relações profissionais e sentimentais. A empreitada foi arriscada, pois se o filme protagonizado por Robert Downey Jr. não disparasse para o topo da tabela de vendas, os Estúdios Marvel não só iam parar à bancarrota, como ainda perderiam os direitos de produção de Os Vingadores. Safaram-se. Tony Stark (tecnicamente mais um não super-herói), ou melhor, a interpretação de Downey, foi, como se costuma dizer, meio caminho andado, graças à sua representação do inventor multimilionário que, além do génio, tem sentido de humor, com a vantagem de não ser condescendente, que o realizador Jon Favreau soube aproveitar.

10. O Cavaleiro das Trevas (2008)

Batman é, sem dúvida, um herói especial e capaz de atrair artistas ousados (como os seus criadores, Bob Kane e Bill Finger, e, décadas depois, Miller e Moore na banda desenhada). No cinema, foi a trilogia dirigida por Christopher Nolan que, provavelmente, mais radicalizou o espírito da personagem. Entre os três filmes dirigidos por Nolan é no centro da trilogia protagonizada por Christian Bale, neste O Cavaleiro das Trevas, que o realizador afirma ao que vem, desrespeitando regras, refreando o tom nocturno e dando a espaço a Bruce Wayne para surgir, mais do que como alter-ego, como uma personagem preocupada em utilizar os recursos das suas empresas para fazer o bem. Porém, a grande personagem da película é, sem dúvida, o friamente demente Joker, interpretado por Heath Ledger (falecido pouco depois de concluídas as filmagens) como se este fosse o papel por que sempre esperou. Com a sua maquilhagem esborratada e as suas tiradas enigmáticas, o Joker de Ledger fez de O Cavaleiro das Trevas a mais perfeita representação cinematográfica de Batman.

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11. Watchmen: Os Guardiões (2009)

Agora outra coisa completamente diferente. Quando Alan Moore, então com Dave Gibbons à ilharga, em 1989, criou esta peça única, em que os super-heróis foram proibidos de exercer e surgem nas suas verdadeiras identidades, perseguidos e envelhecidos e cansados e resignados, numa América onde Nixon ainda é presidente e dirige um governo absolutista com a cumplicidade de hiper-poderoso Dr. Manhattan, nasceu, com a obra-prima da banda desenhada, igualmente um dos mais desafiantes projectos de adaptação cinematográfica. Foram precisos 20 anos e muitas bolandas para Zack Snyder, escudado no êxito obtido por 300, começar a filmar e rapidamente dividir a plateia entre os que acham a sua versão demasiado fiel ao romance gráfico e os que pensam que o realizador elevou a fasquia das adaptações de banda desenhada a novo e elevado nível. Seja como for, a história de Rorschach e do Comediante e de Coruja Nocturna, na sua luta contra o despotismo do poder, é obra que em cada visionamento acrescenta alguma coisa graças à complexidade do enredo e as suas vastas possibilidades de interpretação.

12. Kick-Ass: O Novo Super-Herói (2010)

Continuando ainda nas áreas adjacentes à normalidade super-heróica, por assim dizer, a colaboração entre o realizador, Matthew Vaughn, e o autor da banda desenhada original, Mark Millar, é um bom exemplo de provocação que leva à controvérsia. E foi o que aconteceu, pois os criadores subvertem o conceito de super-herói criando um do nada, sem qualquer habilidades úteis ao super-heroísmo, constantemente desafiando vilões que sucessivamente fazem dele gato-sapato. Nascido apenas da sua vontade de adolescente demasiado dependente da banda desenhada, Kick-Ass, a personagem interpretada por Aaron-Taylor Johnson, carregando ironia do princípio ao fim, acaba por encontrar uma aliada em Hit-Girl (Chloë Grace Moretz), uma miúda que pelo menos sabe o que fazer com uma catana, e a coisa lá se compõe entre arremedos de humor corrosivo.

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13. Os Vingadores (2012)

O que acontece quando se pega num super-herói, depois noutro e mais outro e assim sucessivamente? Ora, cria-se uma equipa. Especulação há muito explorada pelos adeptos do género que, em 2012, a Marvel tornou realidade com a criação de Os Vingadores. Mais uma vez, poucos esperavam que a coisa desse resultado. Afinal, juntar os heróis mais poderosos do planeta depois de alguns deles já terem protagonizado os seus próprios filmes era um risco sério, pois obrigava a juntar demasiadas personagens e tornava particularmente difícil a tarefa de construir um argumento crível e capaz. É aí que entra a magia de Joss Whedon e a maneira airosa como, a partir das diferentes e por vezes contraditórias individualidades, cria uma equipa sem comprometer as características de cada um dos heróis convocados. Depois há as sequências de acção francamente bem engendradas e filmadas, e as reviravoltas do argumento que são muito mais do que o bónus devido a uma grande ideia.

14. Guardiões da Galáxia (2014)

Em uma das acções mais arriscadas da Marvel conta-se, sem dúvida, esta tentativa de introduzir no cinema um grupo de heróis, a bem dizer, desconhecidos, agrupados sob a bandeira de Guardiões da Galáxia. No filme, o realizador e argumentista James Gunn, com o seu característico sentido de humor e peculiar visão da família, coloca um grupo de crianças crescidas no meio da busca de Thanos pela pedra do poder. O risco compensou, a empreitada foi bem-sucedida, Chris Pratt, no papel principal, tornou-se um astro de Hollywood, bem assessorado por Zoe Saldana, Dave Bautista e as vozes de Bradley Cooper e Vin Diesel, e, contas feitas, Guardiões da Galáxia tornou-se uma das mais importantes porções do império Marvel depois de Homem de Ferro.

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15. Capitão América: O Soldado do Inverno (2014)

As opiniões como sempre dividem-se, mas a verdade é que este filme, dirigido por Anthony e Joe Russo, inspirado nas aventuras criadas por Ed Brubaker, é uma obra-prima de intriga e acção. Cinematograficamente inspirado em filmes como Os Três Dias de Condor ou O Homem da Maratona, o que lhe dá um agradável tom retro, o enredo constrói-se em torno da compreensão de que a derrota de Red Skull pelo Capitão América foi apenas uma vitória, parte de uma longa batalha da guerra subterrânea desencadeada pela HYDRA, em curso há décadas e para durar, ao ponto desta maléfica organização operar já no interior da própria SHIELD.

16. Doutor Estranho (2016)

O universo cinematográfico da Marvel sempre teve um lado psicadélico, patente em alguns elementos estruturais de Thor e até em momentos de Homem-Formiga. Mas nunca tinham ido tão longe como nesta fita de Scott Derrickson, protagonizada por Benedict Cumberbatch. Doutor Estranho é o segundo filme da chamada Fase 3 do mundo cinematográfico criado pela Marvel e, além de Cumberbatch como Dr. Strange, conta ainda com interpretação de Chiwetel Ejiofor (Karl Mordo), Rachel McAdams (Christine Palmer), Benedict Wong (Wong), Mads Mikkelsen (Kaecilius) e Tilda Swinton no papel da Anciã. É com este elenco que se desenvolve o entrecho em que o mundialmente famoso neurocirurgião Stephen Strange vê a sua vida dar uma grande volta depois de um acidente de automóvel e, para recuperar o uso das mãos, depois do falhanço da medicina tradicional, encontra esperança em Kamar-Taj, que rapidamente compreende ser a frente de uma batalha contra as negras forças do mal.

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17. Deadpool (2016)

Está certo, Deadpool 2 é um filme fixe, mas, convenhamos, não é nada que se compare com o seu primeiro episódio, dirigido dois anos antes por Tim Miller, com Ryan Reynolds no papel principal, que apresentou ao mundo o fala-barato mercenário mutante Wade Wilson. Carregado de sangue, palavrões e uma dose de nudez, quase tão importantes como a sua abordagem irónica do universo Marvel, o filme é uma correria de cenas onde nada consegue parar a luta de Deadpool contra os que o tornaram num super-herói desfigurado, ou, como dirá o seu melhor amigo, Weasel (T.J. Miller), um tipo com cara de quem parece “um abacate que fez sexo com um abacate velho”.

18. Capitão América: Guerra Civil (2016)

É, sem dúvida, um filme Marvel, mas não exactamente típico. Montes de piadas e tontarias fazem parte, mais explosões e porrada de criar bicho, claro, mas, desta vez, contrariando a regra, isso não acontece às custas de uma história – diria – comovente. No filme de Anthony Russo e Joe Russo, os Vingadores estão divididos quando é aprovada legislação que obriga todos os super-heróis a trabalharem sob supervisão do governo. O Capitão América naturalmente está a favor, enquanto Tony Stark, também naturalmente, está contra. Oposição de que os realizadores tiram grande partido em cenas de grande efeito entremeadas por dilemas morais suficientes para humanizarem os heróis e introduzirem no enredo alguma dose de, enfim, realismo, no processo acrescentando uma nova personagem ao universo Marvel.

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19. Thor: Ragnarok (2017)

Mais habituado às modestas andanças indie do que a lidar com grandes estúdios, o realizador neozelandês Taika Waititi aparentemente achou que os filmes de super-heróis andavam a levar-se muito a sério. Que era preciso algum alívio cómico no meio do choque, da destruição e da metralha de efeitos visuais em jacto contínuo. Pelo menos a julgar por esta longa-metragem que, apesar de se inspirar muito levemente no fim do mundo da mitologia nórdica, consegue ser o filme com mais piada da Marvel – sim, mais até do que Guardiões da Galáxia.

20. Homem-Aranha: Regresso a Casa (2017)

Quando o Homem-Aranha (Tom Holland) entra por Capitão América: Guerra Civil adentro, as dúvidas quanto ao acordo entre a Sony e a Marvel para o alter-ego de Peter Parker passar a integrar o elenco de super-heróis marvelianos dissiparam-se. E Homem-Aranha: Regresso a Casa é a cereja no topo do bolo desse conluio artístico-comercial. Aqui, Parker é apenas um miúdo incapaz de articular a sua vida pública e a sua privada vida como vigilante ao serviço do bem, o que aliás se torna a mais-valia do filme de Jon Watts, ao qual as contribuições de Robert Downey Jr. e de Michael Keaton, no papel de Vulture, acrescentam, por assim dizer, conteúdo à acção.

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21. Mulher-Maravilha (2017)

Esqueçam outras versões de Mulher-Maravilha. Pois esta, a do filme de Patty Jenkins, com Gal Gadot no papel principal, é a que vale, a que melhor transcreve para o cinema as aventuras da princesa Diana, que vive algures na ilha de Themyscira antes de conhecer o piloto americano Steve Trevor (Chris Pine), ficar a saber dos horrores da Grande Guerra, e concluir que a culpa é de Ares, o filho de Zeus. O que, naturalmente, a leva a partir à aventura e fazer-se à luta até à vitória final, para gáudio do feminismo que viu – e bem – nesta aventura em estado puro uma alteração significativa do papel da mulher no cinema de super-heróis.

22. Logan (2017)

Atirado comercialmente contra a trilogia Batman de Christopher Nolan, apesar do seu “passado” igualmente negro, Logan, interpretado por Hugh Jackman, muito bem representando o papel do herói envelhecido, e realizado por James Mangold, é um filme muito diferente, como diferentes são as suas origens. Na verdade, sob a superfície inevitavelmente aventureira, o argumento apresenta um herói conhecido por suprimir os seus sentimentos o mais possível e concentrar a sua raiva, digamos, congénita, na luta, como um ser consumido pela dúvida e, de certo modo, inquietado pela sua perspectiva de futuro. O que deixa no ar a pergunta se está aqui a chave para a evolução do cinema de super-heróis e, naturalmente, para o universo específico de X-Men?

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23. Black Panther (2018)

É, talvez, ainda cedo, para avaliar a verdadeira importância deste filme de Ryan Coogler. O tempo o dirá, porque, para já, o êxito desta banda desenhada finalmente chegada ao cinema é um triunfo em várias frentes. A primeira das quais é comercial, pois Black Panther é um dos mais bem sucedidos filmes do género. Sendo a segunda, bem mais importante, ou pelo menos tão importante como a aventura que encena, de carácter político, naturalmente devido a um elenco maioritariamente negro e à sua história de uma nação africana tecnologicamente desenvolvida capaz de gerar os seus próprios heróis, porém egoisticamente relutante em partilhar o seu conhecimento com o resto de África e do mundo.

24. Homem-Formiga e a Vespa (2018)

Peyton Reed é repetente na realização desta segunda aventura do Homem-Formiga, ainda melhor que o primeiro filme homónimo, de 2015. Paul Rudd volta a interpretar o super-herói da Marvel, agora emparceirando com a Vespa (Valentine Lilly) numa vertiginosa e jubilatória aventura que  envolve combates com vilões normais e uma super-vilã fantasmática, um mergulho em profundidade no mundo quântico e perseguições com automóveis de vários tamanhos, tudo numa jigajoga entre o micro e o macro, o muito pequeno e muito grande, a miniaturização e a amplificação de pessoas, animais e objectos, nomeadamente o prédio do laboratório do genial Dr. Pym (Michael Douglas). Homem-Formiga e a Vespa é um dos mais bem esgalhados, mais divertidos e mais dinâmicos filmes de super-heróis.

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25. Homem-Aranha: No Universo Aranha (2018)

Esta longa-metragem de animação digital tem como herói não só o novo Homem-Aranha, o jovem afro-latino Miles Morales, sucessor de Peter Parker, como também uma série de outros Homens-Aranha (incluindo vários Parkers), trazidos inadvertidamente das suas respectivas dimensões paralelas pelo acelerador de partículas do Rei do Crime, que destabilizou o espaço-tempo. O filme, assinado por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman, e produzido por Christopher Miller e Phil Lord (que também escreveu a história), conquistou o Óscar de Melhor Filme Animado de Longa-Metragem em 2019. Foi merecido.

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