1. ‘007-Contra Goldfinger’, de Guy Hamilton (1964)
Sean Connery tão coladinho à personagem de 007 que já se confundia com ela, tão sofisticado como perigoso; um vilão convincentemente megalómano, o rebarbativo Goldfinger de Gert Frobe; um comparsa deste muito bem desarrincado, o diminuto mas letal Oddjob; “Bond girls” de topo de gama, activas e passivas, com destaque para a Pussy Galore de Honor Blackman; um enredo muito atarefado e diálogos citáveis para a posteridade; sequências e momentos inesquecíveis, do ataque a Fort Knox a Shirley Eaton pintada de dourado; humor ácido, gadgets engenhosos e muita, muita e empolgante acção; e uma realização pulsante de Guy Hamilton. Eis as razões pelas quais 007-Contra Goldfinger é o mais perfeito e superior exemplar de filmes de James Bond, tendo durante vários anos a seguir funcionado como a matriz da série. E sem esquecer a imensamente trauteável canção-tema, entoada pela grande Shirley Bassey.