A pianista italiana Beatrice Rana (n. 1993) venceu o Concurso de Montréal aos 18 anos e obteve o segundo lugar no Concurso Van Cliburn aos 20. Tem vindo a construir respeitável discografia na ATMA, com Chopin e Scriabin, na Harmonia Mundi, com Bartók, Ravel e Schumann, e, a partir de 2015, em exclusivo para a Warner, com concertos de Prokofiev e Tchaikovsky (com o maestro Antonio Pappano) e as Variações Goldberg, que lhe valeram nomeação para os Classic Brit Awards.
Ao Porto traz os 12 Estudos op.25, de Chopin, e a suíte para piano extraída do bailado Petrushka, de Stravinsky. O bailado começou por ser concebido para piano e orquestra e, embora essa ideia tenha sido abandonada por Stravinsky, a versão orquestral estreada em 1911 não deixa de dar papel de destaque ao piano em “Danse Rousse” e “Chez Petrushka” – não foi, portanto, difícil ao compositor adaptar esses dois andamentos e a exuberante “La Semaine Grasse” para piano.
Os Estudos op.25 foram compostos em 1832-36 e ainda que possam ser vistos num prisma pedagógico – Chopin dava-os como exercício aos seus alunos mais avançados – são peças que transcendem largamente a superação de dificuldades técnicas que está na sua origem.