o violoncelista Erik Friedlander viu no MoMA os copos de absinto/esculturas realizados por Picasso em 1914, quando o consumo desta bebida estava em voga entre a elite artística e intelectual parisiense, e reuniu uma equipa de luxo – Uri Caine (piano), Mark Helias (contrabaixo) e Ches Smith (bateria) – a que deu o nome de Throw A Glass e que, após ano e meio de pesquisa e labor, gerou o álbum Artemisia (2018), cujo título provém do nome científico de uma das principais plantas – Artemisia absinthium – de cujas flores e folhas se extraem os ingredientes para aquela bebida. Picasso foi ele próprio um consumidor de absinto, que era prezado (e também vituperado) pelos seus poderes alucinogénicos.
O saxofonista Chris Potter (na foto), que tem mais de uma vintena de discos como líder na Criss Cross, Concord, Sunnyside e ECM, estreou-se em Fevereiro passado na britânica Edition Records com o álbum Circuits, em que teve a parceria de James Francis (teclados), Linley Marthe (baixo) e Eric Harland (bateria), músicos que neste concerto no Porto são substituídos, respectivamente, por Craig Taborn, Tim Lefebvre e Justin Brown.