Num meio como o da música clássica, em que os programas são dominados por obras de defuntos, é raro privilégio ouvir obras tocadas e dirigidas por quem as compôs. É o que propõem dois concertos em torno do compositor, clarinetista e maestro alemão Jörg Widmann (n.1973).
O de sábado 19, com a Orquestra Sinfónica sob direcção de Baldur Brönnimann, alia a Abertura Os Mestres Cantores de Nuremberga de Wagner a duas peças de Widmann: a Elegia para clarinete e orquestra (que terá Widmann como solista) e a Babylon-Suite, uma suíte instrumental extraída da ópera homónima, com libreto do filósofo Peter Sloterdijk, estreada em 2012 (ambas as obras terão estreia nacional nesta ocasião).
O programa de sábado 26, com o Remix Ensemble, é integralmente preenchido com obras de Widmann e terá este como solista e maestro, dando a ouvir uma amostragem da sua música de câmara, quase toda em estreia nacional: Liebeslied para oito instrumentos, Air para trompa solo, Étude n.o 2 para violino, Quinteto para oboé, clarinete, trompa, fagote e piano, Drei Schattentänze para clarinete solo e Freie Stucke para ensemble.