Para enfrentar a escuridão, Laura Gibson teve que abrir o coração. No álbum Goners, forçou-se a olhar para o abismo. De natureza delicada mas emocionalmente denso, este é um disco consciente da nossa mortalidade. É música de arestas selvagens – mística, mas enraizada em temas reais e universais. São fábulas de luta e de luto. Saber que a vida está numa permanente contagem decrescente motivou-a a lutar. Compôs o álbum durante um período de turbulência, tanto na sua vida pessoal como 68 no mundo como um todo, meditando sobre o passado distante e o futuro incerto. Os sons são vívidos e tingidos de tristeza e as letras evocam os mistérios do tempo, da morte e da humanidade sombria. A sensibilidade e pureza do seu canto são sugadas por uma espiral onírica de melodias sinuosas. Apesar de atenta à desordem do mundo, Laura Gibson carrega consigo algum optimismo. É música que flutua na beleza efémera da vida.
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