Parece que veio para ficar o conceito dos programas partilhados entre a Orquestra Barroca Casa da Música e o Remix Ensemble, cada um deles tocando os repertórios das respectivas épocas de especialização.
O concerto de domingo 10 junta o magistral estudo de contraponto que é A Arte da Fuga, de Bach, às Anamorphoses (2002) de Johannes Schöllhorn (n.1962), uma desconstrução de A Arte da Fuga. A obra terá nesta ocasião estreia nacional, mas o Remix Ensemble já a tocou no festival Printemps des Arts, em Monte Carlo, e já a gravou na Casa da Música.
Na terça-feira 12, Bach estará de regresso com o Concerto Brandeburguês n.º 3, que terá a companhia de obras de outras peças barrocas: a Chaconne, de Blow, o Canon & Gigue, de Pachelbel, o Concerto para 4 violinos RV 549 (o n.º 1 de L’Estro Armonico op.3), de Vivaldi, e o Concerto n.º 2 dos Concerti Armonici, de Wilhelm van Wassenaer. O Remix Ensemble contraporá a este programa os Estudos para piano mecânico de Conlon Nancarrow (1912- 1997), orquestrados por Yvar Mikhashoff, e a estreia de uma obra de Pedro Lima (n.1994) encomendada pela Casa da Música. Huw Daniel dirigirá a Orquestra Barroca a partir do violino e o ensemble terá Peter Rundel (na foto) como maestro.