En Vogue – “Rocket”
Trio do panteão r&b andou 14 anos sem álbum novo. O silêncio termina com Electric Café (cá fora a 30 de Março) e com este single nocturno, cintilante.
Esta semana contém: dois regressos imponentes, os das En Vogue e de Mr. Fingers. As brumas esotéricas dos Beautify Junkiards e de Anna von Hausswolff. O jazz flutuante dos Kneebody. E delícias à beira Mediterrâneo pela mão de Mylène Farmer e Veysel Mutlu. São novidades tutti frutti para todas as estações.
Trio do panteão r&b andou 14 anos sem álbum novo. O silêncio termina com Electric Café (cá fora a 30 de Março) e com este single nocturno, cintilante.
Estrela da pop francesa regressa com pop elástica, tecnológica. À sua maneira, sabe a classicismo dançável escrito com sabedoria.
Já é um dos marcos musicais de 2018: Larry Heard retira o heterónimo Mr. Fingers do armário e presta-se a entregar o primeiro álbum desde 1994. Cerebral Hemispheres chega a 13 de Abril. O aperitivo, "Electron", é uma paciente e notável escultura electrónica.
Longa, inquieta e, à sua maneira, contemplativa faixa de abertura de Dead Magic, o quarto álbum de Anna von Hausswolff com chegada marcada para 2 de Março. Primeiro sente-se o latejar circular do cenário. Depois, o calor solene do órgão de tubos. Só a seguir é que a voz de von Hausswolff levanta voo, gargarejando. São lençóis e lençóis de som a embrulhar o ouvinte.
Haverá banda mais bordada à medida das fantasmagorias meio retro, meio psicadélicas da editora britânica Ghost Box do que os lisboetas Beautify Junkyards? Improvável. É escutar esta avanço do álbum The Invisible World of Beautify Junkyards (sai a 9 de Março) para saber ao que soa o papel de parede desbotado da velha Albion. Os fãs dos Broadcast sentir-se-ão também em casa.
Kneebody é um quinteto americano que encara o jazz como uma casa de portas e janelas abertas para incontáveis linguagens. Também americana, da cantora e compositora Inara George conhece-se sobretudo o trabalho com The Bird and the Bee. Da união nasce uma pérola cujo trompete e restolhar da bateria lembram David Sylvian, e onde a voz de George emprega um fraseado entre os Stereolab e a bossa nova.
Pop da Turquia na forma de uma canção que leva o seu tempo (elogio) para crescer, explodir num refrão absolutamente dançável, retroceder e coleccionar nuances. Dizem as traduções online que o título significa algo como "Meu Coração Valente". Valente coração, valente canção.
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