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Com cerca de 15 metros quadrados, a Cascata Leceira representa a Leça da Palmeira dos anos 1920/30, época em que era uma importante estância de veraneio, frequentada por artistas, pela burguesia portuense e pela comunidade inglesa. As cerca de 300 peças, algumas com movimento, foram construídas com perícia, ao longo de décadas, pelo mestre José Moreira.
A estrutura foi doada à Câmara de Matosinhos em 2010 e recentemente foi alvo de uma intervenção de restauro e de conservação. Pode agora voltar a ser vista nas instalações do Museu da Quinta de Santiago, no edifício da Casa do Bosque, anuncia o site do município.
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Cada casa e cada figura da cascata têm uma história e um significado para o seu autor. Nela são reconhecíveis os principais lugares e monumentos da localidade, o rio Leça e as suas seis pontes (destruídas durante as obras de construção do Porto de Leixões), as praias, a Igreja Matriz, o Forte de Nossa Senhora das Neves e o Farol da Boa Nova.
Mas também estão representadas vivências e tradições, como as romarias de S. João da Boa Nova e do Senhor de Matosinhos, a Feira das Louças, o Teatro dos Robertos, as procissões, as artes e os ofícios (a lavoura, a lavadeira, os vendedores, a leiteira, o pescador ou o sapateiro) e as figuras ilustres da terra, como o poeta António Nobre ou o marítimo José Rabumba.
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As cascatas sanjoaninas são uma tradição antiga, derivada do presépio, que se julga ter origem na cidade do Porto. Em Leça da Palmeira, esta tradição também está associada à celebração dos Santos Populares (Santo António, S. João e S. Pedro), em especial o S. João.
Nessa época festiva, as famílias compravam os bonecos de barro na Feira da Louça do Senhor de Matosinhos e construíam uma cascata com a representação dos lugares mais emblemáticos de Leça. Com o passar dos anos, as cascatas começaram a ser cada vez maiores e mais pormenorizadas, graças à arte de artesãos como João Soares e José Moreira.
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