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A mudança da hora, em Portugal continental e na Madeira, acontece na madrugada de domingo, 31 de Outubro, às 02.00 (passa para a 01.00). Nos Açores, a mudança é à 01.00, com os relógios a atrasar para a meia-noite. Mas não vale a pena ficar já aborrecido: apesar da descida das temperaturas e do regresso dos dias de chuva, é uma boa altura para se atirar a maratonas caseiras de cinema ou aprender como fazer pão.
Aplicada em plena Primeira Guerra Mundial, para economizar energia e combustível, a ideia de adiantar o relógio uma hora no Verão para aproveitar a luz natural remonta a 1784. O denominado Daylight Saving Time foi sugerido pela primeira vez por Benjamin Franklin, numa carta publicada no The Journal of Paris, em que defendeu a rentabilização da hora solar com recurso a cálculos sobre a quantidade de velas que seriam poupadas se todos fossem mais madrugadores.
Anos mais tarde, em 1905, o construtor britânico William Willet voltou a sugerir o adiantamento dos relógios, mas foi na Alemanha – e não em Inglaterra – que o horário de Verão foi adoptado pela primeira vez, a 30 de Abril de 1916. Portugal começou a respeitar a mudança de hora nesse mesmo ano, embora tenha interrompido a prática inúmeras vezes.
O actual regime de mudança da hora é regulado por uma directiva europeia de 2000, segundo a qual todos os anos ocorre a mudança de hora bianual. Em 2018, a Comissão Europeia propôs a sua revisão, na sequência de uma consulta pública realizada durante o Verão e na qual 84% dos inquiridos afirmaram estar a favor de se acabar com as mudanças de hora sazonais.
A posição do governo português quanto à possível abolição do horário bianual tem sido a de manter o regime ainda em vigor, mas continua a aguardar-se a posição do Conselho da União Europeia. Inicialmente previa-se que a última mudança de hora ocorreria já este ano, mas devido à pandemia a decisão final ainda não foi anunciada, como esclarece o Observatório Astronómico de Lisboa.
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