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A Santíssima Trindade do Baco Coffee Lab: café, vinho e pastrami

A nova cafetaria de Cedofeita nasceu do sonho antigo de dois irmãos pelo pastrami. É caseiro e servem-no em generosas tostas e sandes.

Baco Coffee Lab
©MMPBaco Coffee Lab
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É o triunvirato perfeito: café de especialidade, vinhos naturais e pastrami caseiro. É sobre estes três pilares que o Baco Coffee Lab, uma cafetaria catita, de janelas e portas abertas para o Largo Alexandre Sá Pinto, em Cedofeita, assenta toda a sua criatividade. Patrícia e Miguel Lopes, irmãos, estão na sua génese e reuniram neste espaço – de paredes de pedra, mobiliário em madeira clara e muitas plantas – algumas das coisas de que mais gostavam. Um desejo que tardou a chegar, mas que ganhou forma há pouco mais de um mês. 

“Esta ideia surgiu de um desejo antigo meu e do meu irmão. Fomos vendo locais até que encontrámos este”, começa por contar Patrícia, fazendo um enquadramento rápido da vida até aquele momento. “O Miguel já trabalhava há algum tempo com café de especialidade, esteve na 7g Roasters durante sete anos, e eu trabalhava na área da restauração”. Já o pastrami, esse, surgiu em viagens que fizeram. “Além de gostarmos muito, apostámos nele porque era um produto pouco visto aqui no Porto, que ainda não estava enraizado”, explica. 

Alguns dos clientes que entram vêm experimentar pastrami pela primeira vez. “Vêm de propósito porque ouviram falar ou porque viram imagens das sandes na página do Instagram. O feedback tem sido muito positivo. As pessoas têm gostado e fazem imensas perguntas, sobretudo [sobre] como é feito. E nós gostamos de explicar. Gostamos que as pessoas saibam o que estão a comer”, conta a dona, que não se coíbe de explicar o processo tintim por tintim. 

Tosta de pastrami em pão brioche - Baco Coffee Lab
©MMPTosta de pastrami em pão brioche - Baco Coffee Lab

O pastrami caseiro e os bolos artesanais

Miguel está encarregue de fazer o pastrami. Usa três cortes de carne dos Açores: picanha, vazia e peito de bovino, que ficam em salmoura durante vários dias. Depois desse primeiro estágio, passam para o fumeiro, local onde permanecem até atingir uma determinada temperatura. Nesta etapa, usam carvalho, uma madeira que joga melhor com os condimentos usados, explica Patrícia. Por fim, as carnes seguem para o forno, a 71 graus, “para secarem”. “Usamos um termómetro para controlar a temperatura, para que a carne fique rosada por dentro. Depois, é fatiada na fiambreira”, diz, rematando a explicação, e acrescentando que querem comprar um fumeiro maior, porque não estão a conseguir dar vazão à procura que estão a ter. 

A aconchegar o pastrami caseiro há pão de fermentação lenta da Bicho, padaria da Póvoa de Varzim que vai abrir um segunda casa no Porto. “Vimos várias padarias, mas tínhamos um requisito, que era ter um croissant que aguentasse com um recheio de pastrami. O da Bicho era perfeito”. Além deste croissant recheado com pastrami de vazia, pesto, ovo estrelado e raspas de queijo parmesão (9€), têm ainda outras opções, como a tosta em pão brioche com pastrami de picanha, queijo cheddar, pickles de pepino, cebola caramelizada e “molho secreto” (11€); a tosta em pão de fermentação natural, com pastrami de peito de bovino, tomate cereja, pimentos confitados, queijo amanteigado, rúcula e mostarda (13€); ou a tosta clássica, servida em pão de centeio. Esta leva pastrami de peito de bovino, acompanhado de pickles de pepino, chucrute, queijo e mostarda (11€).

A carta, curta, anuncia ainda uma tosta especial para este mês, feita com pão ciabatta, queijo Brie, pastrami, rúcula e figos com mel (13€), assim como uma salada para Julho, composta por burrata com tomates confitados, molho pesto, figos, mel, rúcula, nozes e manjericão (14€). Mais permanentes e sem data de saída, são as tostas com húmus ou com pasta de abacate, a bowl com quinoa onde o pastrami pode ser substituído por tofu, e a tábua de pastramis e queijos (entre 6€ e 18€). 

À excepção dos pastéis de nata e dos croissants (1,50€ e 2,50€, respectivamente), todos os bolos que têm disponíveis na vitrina são feitos por Patrícia e Miguel, como o bolo de cenoura (3,50€), o brownie de tiramisú (4€) ou o cheesecake basco (4,50€). “Aos fins-de-semana há cinnamon rolls com cream cheese por cima, com um travo a limão [2,90€]”. 

Baco Coffee Lab
©MMPBaco Coffee Lab

Beber e arte e a arte de beber

O culto do café de especialidade é levado muito a sério por aqui. Trabalham com a 7g Roasters, têm um blend com origens no Brasil, na Guatemala e na Colômbia, e um outro que vai variando todas as semanas. Há expressos simples e duplos, americanos, cappuccinos, lattes e flat whites, chai lattes e matcha lattes. Para quem quer enveredar por outras formas de apreciar o café, também o fazem com filtro. Têm batch brew, v60 e v60 special (entre 1,20€ e 6€).

Se o café está mais do que implementado neste Baco Coffee Lab, o vinho natural dá os primeiros passos, através de alguns rótulos da Quinta da Malhada, que lhes fornece brancos, tintos, espumantes e rosés. Há ainda cervejas artesanais da Letra, limonadas de flor de laranjeira ou de café, soda, kombucha, sangria, poncha da Madeira, Porto tónico e Spritz (entre 3,50€ e 6,50€). Tudo para ser apreciado com calma, enquanto se admiram as pinturas e fotografias de Sérgio Pimenta. “Gostávamos muito que este espaço servisse também de plataforma de lançamento de pequenos artistas que estejam a começar. Mais para a frente vamos ter escultura por aqui”, adianta Patrícia.

Largo Alexandre Sá Pinto, 22. 93 750 2939. Ter-Sáb 08.30-19.00. Dom 09.00-15.00.

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