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Numa altura em que a Fundação Instituto Marques da Silva (FIMS) assinala os 150 anos do nascimento de José Marques da Silva, nome maior da arquitectura portuguesa que marcou a fisionomia do Porto do século XX, anuncia-se, na sexta 13, a assinatura de um protocolo entre a FIMS e a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) que irá fundir os arquivos das duas instituições. Estes poderão, futuramente, ser consultados no novo centro de documentação da fundação, cujo projecto está a cargo do arquitecto Álvaro Siza.
O projecto para o novo edifício, que deverá receber o acervo de 50 arquitectos portugueses, tem um orçamento estimado de quatro milhões de euros. Para conseguir reunir este valor, a fundação vai lançar uma campanha de mecenato e candidatar o projecto a fundos europeus.
De acordo com a maqueta inicial, o novo centro de documentação terá dois pisos com 2500m² e será construído nos jardins do palacete da FIMS, na Praça do Marquês de Pombal. Dentro de três ou quatro anos, estará pronto a receber os acervos de arquitectos como Fernando Távora, José Carlos Loureiro, Arménio Losa, Viana de Lima, Alcino Soutinho ou Hestnes Ferreira.
A expansão das instalações vai permitir, por um lado, contornar o esgotamento de capacidade actualmente existente e, por outro, concentrar no mesmo espaço todos os trabalhos, documentos e objectos que, neste momento, estão distribuídos por vários edifícios, melhorando as condições para a sua conservação.
O novo edifício de Siza deverá marcar uma nova fase da actividade da Fundação Marques da Silva, que quer abrir-se à cidade, através de uma programação continuada com exposições temáticas, debates e lançamentos de livros.
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