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Uma das primeiras unidades industriais da empresa Lactogal começou a ser construída em Leça do Balio em 1964, ficou concluída em 1967 e foi descontinuada a partir de 2009. Esta unidade fabril, que era utilizada para a produção e armazenamento de leite, vai agora dar origem a um novo centro empresarial: SPARK – Smart Park Matosinhos.
Este pólo empresarial vai ser construído pela mão do Castro Group, com projecto assinado pelo gabinete Paulo Merlini Architects. A ideia é que este edifício de escritórios seja inteligente, voltado para as pessoas que o ocupam e conectado com a natureza. "Este local traz ao futuro a inspiração e alma do passado, daquele que já foi um dos símbolos da região, e que promete ser um abrigo para formas de fazer inovadoras, mais inteligentes, mais sustentáveis e mais impactantes", lê-se no site do Castro Group, grupo imobiliário bracarense que é parceiro da Farfetch na promoção de outro projecto empresarial em Matosinhos, o Fuse Valley.
O projecto de Paulo Merlini procurou manter a história do edifício, não perdendo de vista as tendências e necessidades actuais no mundo dos escritórios. A proposta de intervenção privilegia "a reabilitação do existente", com construção nova "enquadrada de forma harmoniosa", sublinha Paulo Castro, CEO do Castro Group, citado em comunicado.
"Desde a primeira visita ao edifício, tornou-se imediatamente claro para nós que qualquer intervenção deveria manter e idealmente potenciar a energia da edificação pré-existente, deste que já foi um símbolo da região", diz Paulo Merlini, CEO e fundador do gabinete de arquitectura da proposta vencedora. "Ainda que uma das directrizes do concurso fosse a ampliação da área de construção para o dobro da original, procurámos que a nossa intervenção fosse o menos invasiva possível, dando destaque a este gigante adormecido."
O novo centro empresarial terá uma área total de cerca de 18.000 metros quadrados. “Desenvolvemos uma solução que, se por um lado pretende potenciar a presença da edificação original, por outro procura tornar-se uma expressão do que entendemos que deverá ser o escritório do futuro, da realidade pós-pandémica", explica Paulo Merlini.
A proposta do arquitecto tem presente a "conexão entre os espaços interiores (escritórios do futuro) e exteriores (áreas verdes e abertas à comunidade), num ponto de encontro entre pessoas, ideias, negócios, arquitectura e natureza". O projecto tem “na natureza o mote para potenciar e dinamizar a zona envolvente, através da criação de praças abertas à comunidade e de serviços que criam um ambiente fluído e sinérgico entre o interior e o exterior".
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