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Bombos, suor e sangue. Todos os anos, na noite de 29 de Novembro, Guimarães marcha pelas ruas ao ritmo de caixas e bombos no Cortejo do Pinheiro. É perfeitamente normal ver bombos despedaçados e salpicados de sangue, tamanha é a dedicação.
Um pinheiro é desenterrado e erguido bem ao alto no largo onde decorrem as festividades, para anunciar as Nicolinas. São as festas mais antigas de Guimarães, que acontecem entre quinta 29 e 7 de Dezembro em honra de São Nicolau, o patrono dos estudantes e a figura que deu origem ao Pai Natal. Este é apenas o primeiro dos vários números nicolinos – seguem-se, em Dezembro, as Novenas, as Posses/Magusto, o Pregão, as Maçãzinhas, as Danças de São Nicolau, o Baile e as Roubalheiras – mas é o mais participado e com maior visibilidade. É um verdadeiro fenómeno de ajuntamento popular que todos os anos consegue mobilizar magotes de pessoas.
Numa noite em que o frio costuma ser cortante (o álcool ajuda), os bombos incendeiam as ruas. O pinheiro vai pousado em carros puxados por juntas de bois e atrás dele seguem os estudantes, novos e velhos. Antes do cortejo acontece a ceia nicolina, um jantar onde caldo verde, rojões, papas de sarrabulho, castanhas, vinho e bagaço enchem as tascas e os restaurantes de Guimarães. Depois do cortejo, faz-se tudo menos dormir.
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