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Carlsberg com previsões optimistas para o Verão de 2021

A marca de cervejas dinamarquesa, revelou ao ‘Financial Times’ que prevê um Verão com um boom semelhante ao pós-guerra. Especialistas fazem depender estas previsões no sucesso da vacinação.

Margarida Coutinho
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Margarida Coutinho
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Depois das cores Pantone para 2021 apostarem numa mensagem de resiliência e optimismo, agora outras marcas vêm apresentar boas perspectivas para este ano. É o caso da Carlsberg, a marca de cerveja dinamarquesa, que em conversa com o Financial Times apresentou previsões de um cenário de crescimento para este Verão. Uma mensagem que pode animar os sectores mais afectados pela pandemia como o turismo e a restauração.

Cees 't Hart, o director executivo da marca dinamarquesa que detém 44% da Super Bock Group, disse em entrevista que apesar de haver uma "grande incerteza" sobre 2021, espera um "Verão normal" com a abertura gradual que deverá acontecer depois da Primavera. À semelhança daquilo que aconteceu depois da gripe espanhola ou da Primeira Guerra Mundial, a terceira maior marca de cerveja do mundo prevê que haja uma explosão na procura - e, por isso, mais pessoas na rua e mais procura nos cafés e restaurantes assim que for possível aliviar as medidas restritivas.

"Se a vacinação correr como esperado, estamos bastante optimistas porque vemos nas pessoas vontade de sair”, conclui o director executivo da Carlsberg. No entanto, se os governos dos vários países prolongarem o confinamento ou se houver um atraso significativo na vacinação, a marca admite voltar a avaliar as previsões.

Esta posição relativamente às vacinas é partilhada por vários especialistas. Por exemplo, no Reino Unido, onde já foram vacinadas mais de 15 milhões de pessoas contra o coronavírus, as expectativas para o Verão também são positivas. Vários especialistas britânicos apontam para um Verão sem confinamento geral, com bares e restaurantes abertos, ainda que mantendo o distanciamento social, e uma maior procura por férias dentro do país. Isto, se o ritmo de vacinação se mantiver.

Já em Portugal a realidade ainda é outra. Com as quebras nas cadeias de abastecimento das vacinas e apenas 1,91% de população com o processo de vacinação completo, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador do plano de vacinação, admitiu numa entrevista à TVI que “não teremos um Verão normal”. Mas antes que perca toda a fé em passar o Verão de molho, o vice-almirante disse também que será um Verão “um bocadinho mais tranquilo, mas sempre com todos os cuidados”.

Vamos manter a esperança (e a etiqueta respiratória) e cruzar os dedos para conseguirmos um Verão com mais praia e menos streaming.

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