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Construída em 1904, a Casa Barbot era originalmente uma residência familiar, mas foi adquirida pela Câmara Municipal de Gaia em 2007, que ali instalou a sede do Pelouro da Cultura, Património e Turismo. Devido ao seu estado de degradação, a casa acabaria por fechar. Situado na Avenida da República, o edifício está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1982, sendo o único exemplar de Arte Nova no concelho.
Em Fevereiro deste ano, a Câmara de Vila Nova de Gaia anunciou que ia avançar com um concurso para a sua reabilitação e que o espaço reabriria como pólo de cultura para exposições, lançamento de livros e outros eventos. Em reunião camarária desta segunda-feira, o presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, apontou que o projecto será enviado "finalmente" para o Tribunal de Contas.
Citado pela Agência Lusa, o autarca comentou que se trata de uma obra "ansiada" porque o equipamento "estava com debilidades", tratando-se de um espaço "icónico" do concelho e com "tradição e peso a nível cultural". Sem avançar com datas precisas, Eduardo Vítor Rodrigues disse esperar ter obras na casa o "mais tardar no primeiro semestre" do próximo ano. A empreitada está orçada em mais de 900 mil euros.
A Casa Barbot foi erguida em 1904 por iniciativa do vianense Bernardo Pinto Abrunhosa, o seu primeiro proprietário. No entanto, o nome pelo qual é conhecido o edifício provém de Ermelinda Barbot, que adquiriu o imóvel em 1945. É um exemplo de Arte Nova onde podem ser comprovados também alguns elementos de inspiração árabe, azulejos com inspiração neoclássica e alguns elementos de gosto oriental. No exterior e ao redor da mansão encontra-se um jardim com elementos decorativos e arquitectónicos como grutas, pontes, um pequeno lago, uma estufa e um mirante.
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