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A igualdade de género implica que todos os seres humanos sejam livres para desenvolver as suas capacidades pessoais e fazer escolhas sem as limitações impostas pelos estereótipos. A mostra de cinema Imprópria quer trazer à tona, através da exibição cinematográfica, estas questões e esta luta contra os preconceitos e estereótipos sociais. Depois de várias edições realizadas nos Açores, a Imprópria chega à Casa das Artes do Porto no dia 14 de Janeiro, às 21.30, com entrada livre.
A exibição cinematográfica é "um meio eficaz de expor e debater estes tópicos, tanto pela facilidade com que este meio chega ao espectador, como pela possibilidade de discussão subsequente", lê-se na nota de apresentação do evento. "Esperamos estimular, junto do grande público, a sua discussão partindo da exposição cinematográfica. Temos a intenção de salientar o cinema de cariz feminista através da exibição de filmes de ficção, documentários ou experimentais", acrescenta a organização.
Numa altura em que há um esforço no mundo das artes para "acabar com a disparidade de géneros", a Imprópria quer ser o esteio para "a expressividade e criação artística onde o feminino e o masculino tenham igual representação".
Da programação fazem parte Tenebrosas, de Jhonatan Bào, que propõe a reinvenção de imaginários sociais sobre corpos trans e travestis no quotidiano, e Alcateia, de Carolina Castilho, inspirado no livro Mulheres Que Correm com os Lobos de Clarissa Pinkola Estés. Nesta mostra figuram ainda Last days of patriarchy, de Olmo Omerzu, La Noche de los Hombres, de Raquel Arias e Begoña Moret, e Trumpets in the sky, de Rakan Mayasi, a história de uma rapariga síria cuja infância termina cedo demais. Nota ainda para Eroticam, de Elisa Díaz y Paola Meza, e In the Nature, de Marcel Barelli, sobre a heterossexualidade e a homossexualidade.