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Cinco perguntas a Paulo Ventura, organizador do Festival Vilar de Mouros

Mariana Morais Pinheiro
Directora Adjunta, Porto
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O mais antigo festival da Península Ibérica começa hoje e estende-se até sábado. Falámos com Paulo Ventura, um dos organizadores do Festival Vilar de Mouros que este ano traz a Caminha nomes como Peter Murphy, The Pretenders, Human League, Editors, Incubus ou James. Os concertos começam às 19.00 mas as portas abrem duas horas antes para que possa explorar o espaço e conhecer, com tempo, todas as novidades que andaram a preparar para si.

Como é organizar um festival tão emblemático e com tanta história para contar?

Temos sempre várias preocupações. Primeiro porque tem uma grande carga emocional e afectiva e depois porque é o pai dos festivais em Portugal. Quando pegámos nele em 2016, o festival estava muito mal tratado. Teve durante muito tempo uma regularidade interessante e depois decaiu muito, o que na altura suscitou-nos algumas dúvidas em relação à possibilidade de ser feito. Por isso, alguns dos nossos objectivos passam por recuperar a credibilidade do festival, dar-lhe notoriedade, apresentar bons cartazes e promover uma boa relação com o público. No fundo, fazê-lo crescer.

É fácil atrair artistas para um festival com esta “carga emocional”?

O Vilar de Mouros, na forma como o entendemos, não é um festival onde seja fácil fazer o booking de artistas. Por estarmos precisamente muito próximos do festival de Paredes de Coura, queremos distanciar-nos. Vilar de Mouros é característico, é um festival para famílias, para um público mais adulto, por isso é que trabalhamos com artistas dos anos 80 e 90. Tentamos que o nosso foco seja esse e as bandas e os artistas se posicionem nessas décadas, que tenham relevo e continuem fortes.

E tem corrido bem?

Temos sido bem sucedidos, sim. Basta ver o cartaz deste ano. Vamos ter Peter Murphy, The Pretenders, Human League. Apanhar Incubus, por exemplo, ou James, é fantástico. É isto que nós procuramos: artistas que não nasceram neste milénio, mas que continuam a ser relevantes.

Com que antecedência se começa a preparar o festival?

Nós já estamos trabalhar na edição de 2019. Trabalhamos continuamente. Gostava de trazer cá os Duran Duran, Mika, Sting, Mark Knopfler, Tears for Fears ou Billy Idol, por exemplo, entre outros. Estamos a trabalhar para isso.

Que novidades os festivaleiros podem encontrar este ano?

O recinto está diferente em relação ao ano passado. Vamos ter um food court dentro do espaço. Antes, este, ficava na zona gratuita, onde há coretos com música regional e banquinhas de artesanato. Também melhorámos as condições dentro do recinto. Há mais casas de banho, mais bares, a zona de campismo está mais ampla e vamos ter transporte gratuito da estação de comboios de Caminha para o festival, mediante a apresentação do bilhete. O parque automóvel também está melhor. Fizemos isto tudo em conjunto com a Junta de Freguesia, para dar mais condições a quem nos vem visitar.

Os bilhetes custam 35€/diário e 70€/geral (com acesso gratuito ao campismo) e estão à venda em Ticketline e Festicket.

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