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O Cineclube do Porto, o mais antigo do país em funcionamento, soprou 75 velas este ano e tem vindo a fazer a festa desde o início do mês, nomeadamente com o ciclo "7½". Até Maio, o Cineclube exibe todos os meses um filme por década, desde a sua criação em 1945. O programa de comemorações vai ter uma sessão especial no sábado, 31 de Outubro, às 18.00, na Sala Henrique Alves da Costa, na Casa das Artes.
Trata-se da apresentação de 75 anos: Cineclube do Porto, edição comemorativa bilingue em português e inglês com artigos de investigadores e personalidades destacadas da área do cinema. A publicação resulta de uma parceria com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), o Município do Porto, a Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) e a Cinemateca Portuguesa.
Destacam-se, entre outros temas, as origens do movimento cineclubista e o contributo do Cineclube do Porto em particular, o contexto artístico portuense em relação com o Cineclube, o seu acervo e a sua relevância para a leitura da cultura cinematográfica dos últimos 75 anos e para a promoção e suporte da investigação nesta área do conhecimento.
O livro é uma compilação de trabalhos desenvolvidos ao longo do tempo por especialistas e de alguns textos originais, numa edição exaustiva que reflecte o esforço do Cineclube do Porto em “disponibilizar ao público o seu acervo fílmico, equipamento e memorabilia, biblioteca e documentação”, descreve a nota de divulgação.
A sessão de sábado contará, ainda, com projecções dos filmes Um homem não é um homem só, curta-metragem de Alberto Seixas sobre Luís Neves Real, relevante cineclubista cuja família era proprietária do Cinema Trindade e Cinema Batalha, duas salas onde o Cineclube do Porto programou ao longo de várias décadas, e Memórias familiares, filme inédito de Adriana Rocha, José Alberto Pinto e Luís Vieira Campos sobre Henrique Alves da Costa, outro nome histórico do cineclube.