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Pela segunda vez, Braga vai transformar-se num pólo de conhecimento, arte e imaginação, com o regresso do festival Utopia, entre os dias 15 e 24 de Novembro. O evento vai juntar mais de 100 convidados, de escritores a personalidades da cultura nacional e internacional, para celebrar as múltiplas facetas da literatura. Sob o mote “Toda a literatura é uma utopia”, o festival vai ter dois ciclos temáticos – Utopia Europa e Utopia Negra – que vão orientar uma programação com mais de 100 actividades gratuitas, destinadas a todas as idades.
"O Utopia pretende afirmar-se no circuito dos grandes eventos culturais e literários, colocando a 'cidade dos arcebispos' no mapa do turismo literário e criando uma oferta cultural identitária replicável internacionalmente”, refere a organização em nota de imprensa. A programação conta com conversas, mesas-redondas, masterclasses, cursos, concertos, oficinas para os mais novos, quiz dedicados à literatura e ainda um jantar mistério para os aspirantes a detectives.
A sessão inaugural está marcada para sexta-feira, dia 15 de Novembro, às 21.30, com uma entrevista à autora Leïla Slimani e a actuação do Quarteto de Cordas de Matosinhos. Mas ainda antes, às 17.00, acontece a estreia nacional da instalação de realidade virtual VRwandlun no claustro do Espaço Vita, numa experiência que simula o universo d’A Metamorfose, de Franz Kafka. A experiência vai estar disponível durante os dois fins-de-semana do festival.
Ao longo de todo o evento vão passar vários nomes conhecidos, desde entrevistas de vida com Paula Hawkins, Gonçalo M. Tavares e Rodrigo Guedes de Carvalho, a conversas com Aline Bei, Capicua ou José Luís Peixoto. Jeremy Dauber, norte-americano especialista em estudos judaicos, também vai marcar presença no festival, a 23 de Novembro (14.30), no auditório do Espaço Vita. “Os Judeus e a Comédia: uma conversa entre o seu autor e um indivíduo chamado Ricardo Araújo Pereira” é o nome da sessão, que tem entrada gratuita.
À semelhança da primeira edição, o Utopia inclui também programação para os mais novos e para as famílias. Além das sessões em escolas, o Espaço Vita, aos fins-de-semana, tem propostas que incluem nomes como Sofia Vieira, da Livraria Aqui Há Gato, Nuno Caravela, autor da colecção O Bando das Cavernas, e Rute Cancela, conhecida pelo projecto “Bolinha de Música”. Nos claustros há uma feira do livro em permanência e ainda vários espaços infantis.
"Depois de uma edição de estreia com grande adesão por parte do público bracarense e de outras origens, queremos continuar a expandir horizontes. Este ano, chegamos a mais espaços da cidade, exploramos novos formatos, temas e reforçamos a presença de autores de renome, e apostamos em actividades que apelam à participação do público, como os cursos e masterclasses", destaca Paulo Ferreira, director da The Book Company, que organiza o festival.
Ciclos temáticos para pensar a Europa e explorar o policial
O primeiro ciclo temático desta edição – Utopia Europa – quer ser um espaço comum para abordar “a Europa de uma perspectiva cultural” e para reflectir “sobre a inspiração utópica do projecto europeu”. Na sexta-feira, dia 22, às 18.00, a Capela do Espaço Vita recebe um painel com vencedores do European Union Prize for Literature, nomeadamente Haska Shyyan (Ucrânia), Beqa Adamashvili (Geórgia) e Amine Al Ghozzi (França, Tunísia). A conversa será moderada por Bruno Dias Pinheiro, representante da Assembleia da República junto das Instituições da União Europeia e também responsável pela curadoria deste ciclo.
Às 21.30 há uma sessão com novos eurodeputados portugueses – Francisco Assis, Sebastião Bugalho e João Cotrim de Figueiredo – para debater os principais temas da actualidade no Parlamento Europeu e as novas utopias a que podemos aspirar. Já no sábado, dia 23, às 15.30, o jornalista Paul Caruana Galizia, filho de Daphne Caruana Galizia, uma jornalista maltesa assassinada no seguimento de trabalhos de investigação sobre corrupção, e autor do livro A Death in Malta, vai estar à conversa com Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, para falar sobre a visão utópica da Europa.
O segundo ciclo – Utopia Negra – convida a descobrir a literatura policial e o thriller, sendo que uma das propostas é o curso “Direito e Literatura”, numa parceria com a Universidade do Minho. Neste curso de três sessões, de inscrição gratuita, cada convidado analisa duas obras, colocando em contraponto a visão literária e a do direito. As primeiras sessões, a 16 (10.00) e a 18 de Novembro (18.00), na reitoria da Universidade do Minho, vão contar com a presença, respectivamente, de Álvaro Laborinho Lúcio e Isabel Pires de Lima. Pedro Mexia é o convidado da terceira sessão que acontece no dia 23, às 10h00, no Espaço Vita.
Nesta programação para os fãs de crime, destaca-se também a presença do fenómeno de vendas Carmen Mola, um grupo de três escritores representado neste evento por Jorge Díaz Cortes, que vai participar na mesa-redonda “Águas Profundas”, com o jornalista Pedro Boucherie Mendes e a escritora sueca Camilla Grebe. O debate acontece a 23 de Novembro, às 16.30, no Auditório do Espaço Vita.
Há também a sessão interactiva “A sangue frio: como se mata na literatura policial”, com os escritores João Tordo e Filipa Amorim (23 de Novembro, 16.00, no Auditório Espaço Vita) e o curso “Como escrever uma série policial?”, com a guionista Patrícia Müller (24 de Novembro, 10.00, na Sala P. António). A entrada nas sessões do Utopia é gratuita, sendo que algumas actividades incluem reserva obrigatória. A programação completa pode ser consultada na página do evento.
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