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Commedia a La Carte. Nova geração apresenta espectáculos para toda a família

César Mourão, Carlos M. Cunha e Gustavo Miranda desafiaram a “nova geração da comédia de improviso” a subir a palco. Rita Cruz, Filipa Duarte e Joana Castro dão corpo e voz à Commedia a La Carte Kids.

Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
Commedia a La Carte Kids
DRCommedia a La Carte Kids num ensaio de imprensa
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Os Commedia a La Carte enchem salas de espectáculos há mais de duas décadas e fazem questão de nos continuar a surpreender. Além do novo espectáculo “Do nada”, César Mourão, Carlos M. Cunha e Gustavo Miranda dão palco à “nova geração da comédia de improviso”, numa nova série de espectáculos pensados especialmente para famílias com crianças. Rita Cruz, Filipa Duarte e Joana Castro estreiam a Commedia a La Carte Kids no Porto, no Teatro Sá da Bandeira, até 20 de Novembro, e em Lisboa, no Teatro Tivoli BBVA, entre 26 de Novembro e 18 de Dezembro.

“A improvisação é voltar ao nosso mundo de criança, onde tudo se passa onde quer que estejamos. Mas, à medida que vamos crescendo, vamos perdendo essa forma de brincar. Os improvisadores recuperam-na. E é o prazer que retiramos que passa para as pessoas. Quando nos dizem ‘vocês divertem-se imenso’, sem dúvida alguma, nós somos quem mais se diverte, e esperamos que o público se divirta da mesma maneira. Agora, a nova geração vai fazer o mesmo com o melhor público do mundo. O mais difícil. Porém, o melhor”, disse-nos Carlos M. Cunha, no final do primeiro ensaio de Commedia a La Carte Kids. “Vai ser um sucesso. Eu acredito piamente nisto, e espero não estar enganado, porque seria muito importante para todos.”

Commedia a la Carte Kids
DRCommedia a la Carte Kids

Rita Cruz, Filipa Duarte e Joana Castro foram escolhidas entre 17 candidatas. O processo começou com uma pesquisa informal por talentos capazes de dar uma nova vida ao formato. “Convidámos umas 20, 17 aceitaram, e eu dei um curso, porque não dá para fazer um casting de improvisação sem ter pelo menos uma introduçãozinha à técnica”, explicou o improvisador colombiano Gustavo Miranda. “Foi triste demais ter de escolher, mas teve de ser. Cantam bem, fazem bem personagens e têm um talento de improvisação que é… um diamante. Estou muito orgulhoso.”

Em palco, as três actrizes-improvisadoras estão acompanhadas por uma banda composta pela guitarrista Mariana Rosa, a baterista Maria Campos e a baixista Ana Roque. Se parece haver uma aposta clara no talento feminino, é porque há. César Mourão diz estar “farto de homens” e que, agora que já há muitas mulheres a fazer comédia e muitas mulheres em bandas incríveis, “não fazia sentido de outra maneira”. Mas o formato é semelhante ao original, com os espectáculos a serem construídos em palco através de diferentes jogos de improviso, nos quais o público poderá participar de uma ou outra forma. A diferença estará, por isso, precisamente em quem os vai ver.

“Temos uma estrutura de jogo, mas só a podemos concretizar com a ajuda das crianças, por isso, a ideia é que elas brinquem connosco [actrizes e banda] e façam parte do nosso mundo imaginário”, desvendou Filipa Duarte, antes de reforçar a importância do público, que ditará as temáticas a abordar. “Vão ter naturalmente mais a ver com o universo infantil”, acrescentou Rita Cruz. “Mas acho que o espectáculo terá nuances, que os pais também se vão rir.” Afinal, o texto não está escrito na pedra e será o público a decidir em que lugares e com que personagens e objectos se criam as histórias apresentadas. O que é que isto significa? No fundo, que de facto nenhum espectáculo será igual ao outro.

O futuro a la carte

“Nós começámos numa cave, com dois metros quadrados, na Graça [em Lisboa]. E era como se andássemos de facas na mão, para desbravar mato, porque não sabíamos nada de improviso nem havia Internet. Quando descobrimos o pote de ouro, já estávamos todos arranhados. Agora chegámos e, olha, vão estrear no Sá da Bandeira e no Tivoli. Antigamente não era assim. Tínhamos de falar com o director do teatro, que depois não achava graça nenhuma a comédia e dizia ‘nem pensar, isto é um teatro sério’”, brincou César Mourão, entre risos.

Além da nova versão do formato, estão também previstas 32 sessões do novo espectáculo “Do nada”, em Lisboa e no Porto, até 18 de Dezembro. A temporada estreou dia 7 nos Açores, onde os Commedia a La Carte actuaram pela primeira vez, e terá ainda passagem pelo Funchal, na Madeira, no dia 29 de Dezembro. Acompanhados pela banda de sempre, composta pelos músicos Guilherme Marinho, Jaume Pradas e Nuno Oliveira, os humoristas vão encerrar a tour a 27 de Janeiro do próximo ano, no Multiusos de Guimarães. Os bilhetes já estão disponíveis nos locais habituais.

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