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A princípio até pode soar estranho, mas uma vez conhecido o seu significado, nenhuma palavra seria tão pertinente para descrever esta antologia de banda desenhada feita por autores portugueses. Ditirambos, o nome escolhido, é um “canto coral exortativo que nos chega da antiguidade clássica grega” e que era feito em homenagem a Dionísio.
Ao deus grego do vinho, brindemos então pelo lançamento da segunda edição que tem como tema Abismo (a primeira, Êxtase, lançada em 2019, já se encontra esgotada) e junta artistas de BD premiados e talentos emergentes. O resultado é uma colectânea de histórias contadas em quatro páginas (requisito fundamental) que espelham a diversidade criativa de cada um dos autores, bem como os recursos técnicos usados, digitais ou analógicos, ou, em alguns casos, em regime de complementaridade.
Esta edição limitada a 200 exemplares numerados conta com as participações de Joana Afonso, que apresenta “Origma”, a história de um Minotauro que vivia num abismo; de Raquel Costa e Nuno F. Cancelinha, com “Mise En Abyme”, onde uma viagem de carro ganha contornos de estética hitchcockiana; ou de Ricardo Baptista e André Caetano, que criaram a “Abismo Criativo”, numa espécie de cadavre exquis, em que um começa a contar a sua história a partir do fim da primeira.
“Fissuras”, de Diogo Carvalho, “Titã”, desenhado por Carlos Drave, “Abismos”, criado a duas mãos por Francisco Ferreira e Sónia Mota, e ainda “Espontâneas”, de Sofia Neto, compõem esta edição “muito apelativa a coleccionistas”, dizem. As encomendas podem ser feitas através do email ditirambosbd@gmail.com e o preço de venda ao público é de 12€.
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