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A Quinta da Vacaria está situada na margem direita do rio Douro, junto à cidade da Régua. É uma das mais antigas propriedades da região, com o primeiro registo datado de 1616. De forma a atrair mais turistas, está a construir um hotel de cinco estrelas e uma nova adega. O projecto tem um investimento global de 10 milhões de euros e permitirá criar 100 postos de trabalho.
De acordo com o comunicado da Câmara Municipal do Peso da Régua, a adega vai contar com "particularidades que a distinguirão na região e no país". O hotel será voltado para o rio e resultará da reconstrução e requalificação de um edifício do século XVII, que "manterá a traça original em harmonia com apontamentos de contemporaneidade". O empreendimento terá capacidade para 60 a 90 hóspedes, com duas piscinas, spa com vinoterapia, hortas e uma capela do século XVIII. A construção do Hotel Quinta da Vacaria arrancou na passada sexta-feira e as obras da adega já se encontram em "estado avançado".
Este projecto será complementado com outra unidade turística, a construir na Quinta dos Currais, a cerca de 300 metros, numa quota superior. Em curso está ainda a requalificação de vinha que, no total das duas quintas, soma 44 hectares e tem uma produção média de 267 pipas de vinho. A propriedade é atravessada pela Linha Ferroviária do Douro, sendo por isso necessário proceder à construção de uma passagem inferior.
Durante quatro séculos, os vinhos produzidos na Quinta da Vacaria viajaram pelo mundo sem que ninguém conhecesse a sua verdadeira origem. O vinho do Porto era vendido a granel sem estar identificado – ao chegar ao destino, era engarrafado e rotulado com a marca dos comerciantes estrangeiros que o adquirissem. Graças à lei do terço, que regula o vinho do Porto, a Quinta da Vacaria tem hoje um dos maiores e mais valiosos stocks de vinhos do Porto antigos, que só em 2016 foram engarrafados na origem e rotulados com marca própria.
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