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Éme e Moxila continuam a cantar a vida e o romance. E vêm até ao Porto

Os cantores e compositores da Cafetra apresentaram o primeiro álbum conjunto há um ano e lançaram recentemente um novo single. Este sábado, o casal toca na Invicta.

Luís Filipe Rodrigues
Editor
Éme e Moxila
DRÉme e Moxila
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O álbum homónimo de Éme e Moxila, o primeiro composto a quatro mãos e duas vozes pelo casal da Cafetra, foi um dos mais especiais de 2022. Onze canções ternas e reais, onde o gosto de Éme pela country e a folk anglo-saxónica e a sensibilidade mais twee de Moxila trocavam notas com as músicas populares e tradicionais portuguesas. Mas não eram apenas as melodias e os poemas que o tornavam especial. Era mais do que um disco, uma janela aberta para o domicílio e idílio conjugal da dupla. Um ano depois da sua edição, continua a ser um prazer ser convidado para fazer parte das suas vidas por uns momentos. Esta quarta-feira, podemos comungar com eles no Musicbox.

O concerto desta quarta-feira, 12, é o segundo de uma breve digressão que arrancou a 1 de Abril na Casa da Cultura, em Setúbal, e os vai ainda levar à sede do Praça da Alegria F.C. (Porto), no sábado, 15, e às sessões Ramada Sounds, em Guimarães, a 20 de Maio. Estas datas desempenham uma dupla função: por um lado, servem para celebrar o primeiro aniversário da apresentação ao público do disco homónimo do ano passado; por outro, são as primeiras chances para ouvir ao vivo as canções do single Corta Mato, lançado a 24 de Março, com a viciante Estocolmo 1984 no lado A (Éme em modo contador de histórias, numa ode ao sucesso e fracassos do fundista português Fernando Mamede, e de todos nós) e Sem Nome(Moxila vintage, onda twee-folk) no lado B.

As novas canções nasceram no “micro-apartamento” do casal (Éme dixit), perto de Santa Apolónia. Foi lá também que ganharam forma as faixas de Éme e Moxila (2022), mas enquanto da última vez decidiram registá-las em estúdio, com Manel Lourenço (aka Primeira Dama) sentado na cadeira de produtor, desta feita não saíram de casa para nada e tiveram a ajuda de Lourenço Crespo, no baixo, e João Oliveira, na mistura. “Gostámos de como ficou. Por isso, este ano vamos provavelmente lançar mais coisas assim”, adianta o cantor. “Como preferimos [tocar] com o mínimo volume possível, os vizinhos não se importam. Até acaba por ser um estilo de música, música de quem tem vizinhos.”

No Musicbox não vão precisar de tocar baixinho por causa dos vizinhos, mas é provável que o façam na mesma. Afinal, estas canções não foram feitas para serem gritadas. São músicas de embalar e enrolar, bandas sonoras para manhãs passadas na cama com gente que merece mais o nosso tempo do que qualquer patrão, para tardes a passear rente ao rio de mãos dadas e para noites pacatas em que só se sai de casa para beber um café ou comer qualquer coisa; são retratos do quotidiano que enternecem os corações mais empedernidos e fazem os mais cínicos e magoados voltar a acreditar no amor. Para ouvir bem abraçado. Ou enquanto se espera pelos braços certos.

+ Éme e Moxila: “Tivemos de nos encontrar a meio”

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