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O Bairro dos Livros tem convidado por estes dias vários escritores e contadores de histórias para entreter os miúdos, e também graúdos, que estão em casa.
A iniciativa chama-se Biblioteca Emocional e pode ser acompanhada todos os dias na página do Facebook ou no canal do YouTube da cooperativa cultural portuense. Esta semana, Joana M. Soares dá continuidade ao livro A menina que chorava mar, Adélia de Carvalho vai ler Era uma vez uma cadela, Rui Portulez continua com os poemas de Rima e não Rima e Raquel Patriarca dá a conhecer A Abelha Zarelha.
"A ideia é o projecto durar enquanto esta situação se mantiver e os miúdos estiverem por casa", para "fazer-lhes companhia”, esclarece Raquel, autora que inaugurou esta "hora do conto".
A actividade tem contado também com a participação de leitores e ouvintes, como a filha de uma escritora que esteve presente no Dia Mundial da Poesia. Raquel Patriarca refere que "o projecto abraça muitas contribuições diferentes" e isso pode ser positivo para quem vê, porque “ao verem crianças a contar histórias, também sentem um certo empoderamento: se calhar, também sou capaz”.
Cada sessão dura cerca de 12 minutos e pode ser uma história contada ou dar lugar à interpretação de texto. Raquel faz um pouco das duas, dada a sua experiência e também formação na área da literatura infantil. Para a autora, o mais importante é termos "uma relação emocional com o texto, com as ilustrações e a história em si". Portanto, qualquer um pode contar à sua maneira a história. A autora espera que com esta "brincadeira" se crie o hábito de leitura, porque "a sociedade cresce e desenvolve-se através dela".
Estes momentos são para todas as idades, incluindo pré-leitores (crianças entre os dois e os quatro anos). "Há histórias com moral, sem moral, divertidas, com sentido emocional mais forte e os leitores hão de se apaixonar à sua maneira”, remata Raquel.
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