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Nos últimos quatro anos — e desde que retomou a sua actividade —, a Galeria Municipal do Porto (GMP) tem-se tornado uma importante montra para a produção artística e cultural da cidade. Em 2018, viu crescer o seu público, ao receber um “total de 115 mil visitantes, mais 25 mil que no ano anterior”, segundo disse Rui Moreira, à margem do anúncio da programação para 2019, esta terça-feira, no Palácio de Cristal.
O ano da GMP arranca a 16 de Março com duas inaugurações simultâneas. Ashtray, da artista francesa Caroline Mesquita, que parte da ficção científica para explorar uma representação daquilo que poderá ser uma sexta extinção em massa através de escultura e vídeo; e Anuário, uma mostra colectiva comissariada por João Ribas e Guilherme Blanc. Esta é uma retrospectiva da produção artística do Porto no último ano e deverá continuar em 2020. As duas exposições podem ser visitadas até 19 de Maio.
Com o Verão à porta, a Galeria Municipal recebe a 8 de Junho De Outros Espaços, a exposição anual desenvolvida em parceria com o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT) e a Fundação EDP. A espacialidade é abordada em instalação, pintura e escultura e abrange questões formais e subjectivas e questões sociais e políticas como a identidade ou o género. Também entre 8 de Junho e 18 de Agosto estará Desertado, exposição que resulta da colaboração entre a artista Maria Trabulo e a curadora Pieternel Vermoortel. As duas criaram uma instalação para pensar o lugar e a acção do artista numa paisagem política em mudança e o papel das histórias partilhadas nas construções sociais e políticas actuais.
A primeira Porto Design Biennale toma as rédeas da programação em Setembro através da exposição Millennials, que abre no dia 19 e está integrada no evento. “As tensões do novo milénio têm um ponto de partida geracional”, contou José Bártolo. Segundo o comissário geral da Bienal, a “aproximação à contemporaneidade” será apresentada trabalho de designers nascidos nas décadas de 1980 e 1990.
A 5 de Outubro, em jeito de convite para um feriado dedicado à cultura, inaugura-se Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto, um conjunto de obras em vídeo, imagem e performance que questiona o corpo enquanto agente de extermínio e salvação do ecossistema terrestre e a condição vulnerável e precária do ser humano enquanto habitante do planeta. Ambas as exposições poderão ser visitadas até 17 de Novembro.
Para fechar o ano, abre a 7 de Dezembro 9Kg de Oxigénio, o culminar de um projecto Uma Certa Falta de Coerência, colectivo artístico independente que habita a Rua dos Caldeireiros desde 2008. O grupo foi chamado a problematizar a prática curatorial independente face ao enquadramento institucional e às políticas de produção cultural. O produto desta reflexão pode ser visto até 16 de Fevereiro de 2020.
Por outro lado, a iniciativa Expo’98 prevê duas exposições concursadas que serão exibidas entre 2019 e 2020. As duas bolsas, de 34 e 64 mil euros, são dirigidas a artistas e curadores residentes no Porto durante o período de concessão e implementação das exposições.